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Como garantir que o Seguro-Desemprego seja liberado sem pendências

Saiba como o RH pode garantir que o Seguro-Desemprego seja liberado sem pendências com documentos corretos e processos bem estruturados.

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Lukas Letieres

HR Consultant

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2 de junho, 2025


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O Seguro-Desemprego é um dos benefícios mais conhecidos pelos trabalhadores e, ao mesmo tempo, uma das etapas mais importantes no processo de desligamento. Para o RH, garantir que o colaborador consiga acessar o valor sem pendências é uma questão de responsabilidade e organização.

O motivo é simples. Quando há erro no preenchimento de datas, documentos mal gerados ou informações desencontradas, o benefício pode ser atrasado ou até bloqueado.

Neste artigo, você vai entender quais são os critérios para ter direito ao benefício, o que o RH precisa entregar, os erros que costumam gerar pendências e como garantir um processo de desligamento seguro e bem estruturado até o fim. Além disso, vai ver como contar com um software de RH que inclua a funcionalidade de incidentes na folha de pagamento pode fazer toda a diferença. Ele permite documentar com segurança eventos como aviso-prévio, desligamento e verbas rescisórias, garantindo rastreabilidade, consistência e total alinhamento com a folha.

Quem tem direito ao Seguro-Desemprego e o que o RH precisa validar

Nem todo colaborador desligado tem direito automático ao Seguro-Desemprego. Cabe ao RH garantir que os critérios exigidos por lei sejam cumpridos antes de liberar a documentação. Uma checagem cuidadosa evita pendências, orientações equivocadas e frustrações tanto para o trabalhador quanto para a empresa.

Tipo de demissão

O Seguro-Desemprego só é liberado em casos de demissão sem justa causa.

  • Se o colaborador pediu demissão por vontade própria, aceitou um acordo de desligamento ou foi dispensado por justa causa, ele não tem direito ao benefício.
  • O mesmo vale para situações em que o encerramento do contrato ocorre por iniciativa do empregado, mesmo que informalmente.
  • É fundamental que o RH registre corretamente o motivo da rescisão na folha e nos sistemas oficiais, pois esse dado será cruzado automaticamente com os registros do governo.

Tempo mínimo de trabalho

Outro ponto que o RH precisa validar é o tempo de serviço com registro formal.

  • Para a primeira solicitação do Seguro-Desemprego, o colaborador precisa ter trabalhado ao menos doze meses nos últimos dezoito.
  • Em pedidos subsequentes, esse tempo pode ser menor, nove meses para a segunda solicitação e seis meses a partir da terceira.
  • Embora o sistema oficial faça essa verificação automaticamente, é responsabilidade do RH alertar o colaborador e garantir que as datas estejam corretas no momento da demissão.

Intervalo entre pedidos anteriores

Mesmo que o trabalhador esteja sendo demitido sem justa causa, ele não poderá receber o benefício se ainda estiver dentro do período de carência entre uma solicitação e outra.

  • Esse intervalo varia conforme o número de parcelas já recebidas anteriormente.
  • O RH não precisa calcular esse tempo, mas deve orientar o colaborador de que esse critério existe e que a solicitação pode ser bloqueada por esse motivo, mesmo que todos os outros pontos estejam corretos.

Situação de renda formal ativa

Um erro comum é liberar o Seguro-Desemprego para colaboradores que ainda possuem vínculo empregatício ativo ou outra fonte de renda formal.

  • O trabalhador não pode ter outro contrato de trabalho vigente, nem estar recebendo benefícios como aposentadoria ou auxílio-doença.
  • Também não pode constar como sócio retirante de empresa com movimentação financeira.
  • Cabe ao RH verificar, no momento da demissão, se há informações em aberto que possam gerar conflito com esse critério.

Antes de seguir com a entrega de documentos e orientações, o ideal é que o RH valide todos esses pontos e garanta que o desligamento esteja corretamente registrado. Essa etapa evita pendências no sistema e assegura que o colaborador consiga dar entrada no benefício com mais tranquilidade.

Quais documentos o RH deve entregar para garantir a liberação do Seguro-Desemprego ?

Mesmo quando o colaborador cumpre todos os requisitos legais, o processo de solicitação do Seguro-Desemprego só será bem-sucedido se o RH entregar os documentos corretos, com todas as informações coerentes e dentro dos prazos. Erros de digitação, divergência entre sistemas ou ausência de campos obrigatórios são causas frequentes de bloqueios no benefício, e quase sempre evitáveis.

A seguir, veja os documentos essenciais que devem ser emitidos e entregues ao trabalhador:

  • Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT): Deve estar corretamente preenchido, assinado e com o código de afastamento compatível com demissão sem justa causa. As datas e valores precisam estar alinhados ao que foi enviado ao eSocial.
  • Requerimento do Seguro-Desemprego: documento gerado no sistema Empregador Web, com as informações do desligamento. É esse protocolo que o trabalhador usará para dar entrada no benefício.
  • Comprovante de envio do desligamento ao eSocial: não é obrigatório por lei, mas é altamente recomendado. Ele mostra que a empresa já comunicou oficialmente a saída, e evita divergência de informações no sistema público.

Além da entrega formal dos documentos, é responsabilidade do RH orientar o colaborador sobre como e onde ele deve solicitar o benefício, dentro de qual prazo e o que fazer em caso de pendência ou erro.

Garantir a entrega completa e correta dessas informações é um passo decisivo para que o seguro-desemprego seja liberado sem entraves.

Principais erros que atrasam ou impedem a liberação do Seguro-Desemprego

Mesmo quando o colaborador tem direito ao benefício e os documentos são entregues, pequenos erros operacionais ainda são os principais responsáveis por atrasos ou bloqueios no Seguro-Desemprego. E, em quase todos os casos, o problema não está no sistema público, mas sim nas informações enviadas pela empresa.

Para o RH, evitar esses deslizes é questão de organização, conferência e uso de ferramentas adequadas durante o processo de desligamento. Abaixo estão os erros mais comuns, e totalmente evitáveis, que comprometem a liberação do benefício:

  • Divergência nas datas de desligamento: quando a data informada no TRCT não bate com a enviada ao eSocial ou ao Empregador Web, o sistema identifica um conflito e bloqueia a análise do pedido.
  • Código de afastamento incorreto: utilizar um código diferente de “sem justa causa” impede a liberação automática. Esse detalhe simples precisa ser revisado com atenção.
  • Dados do colaborador inconsistentes: erros no CPF, PIS, nome ou outros dados cadastrais básicos impedem o cruzamento correto das informações entre os sistemas.
  • Requerimento do Seguro-Desemprego com erro de preenchimento: informações inseridas incorretamente no Empregador Web, como valores, datas ou tipo de contrato, geram pendência automática no sistema.
  • Ausência de lançamento de incidentes na folha: quando eventos como aviso-prévio, pagamento de verbas rescisórias ou desligamento não são documentados corretamente, o histórico do colaborador fica incompleto e o sistema não reconhece os registros necessários para liberação do benefício.
  • Entrega incompleta ou fora do prazo: se o RH não entrega todos os documentos obrigatórios, ou os libera com atraso, o colaborador perde o prazo de solicitação ou é obrigado a voltar à empresa para correções.

Como a automatização do RH pode ajudar na documentação do Seguro-Desemprego ?

A melhor forma de evitar essas falhas é garantir que todas as etapas do desligamento estejam centralizadas, automatizadas e com conferência dupla antes de gerar os documentos finais. É exatamente aí que entra o papel de um software de RH, como o da Sesame.

Com uma plataforma especializada, é possível automatizar todas as etapas do desligamento, desde o registro do aviso-prévio até o envio das informações finais à folha de pagamento. Veja o que uma boa plataforma pode oferecer nesse processo:

  • Registro centralizado de eventos de desligamento, com data, motivo e responsável.
  • Geração automatizada de documentos como TRCT e comprovantes de rescisão.
  • Alinhamento direto com a folha de pagamento, evitando divergências entre sistemas.
  • Histórico completo de movimentações do colaborador até o último dia de contrato.
  • Lançamento estruturado de eventos como aviso-prévio, demissão e verbas rescisórias por meio da funcionalidade Incidentes na folha de pagamento.

Esse tipo de controle não só reduz riscos operacionais, como também fortalece a imagem do RH como uma área segura, organizada e confiável, inclusive no encerramento da jornada do colaborador.

A boa notícia é que algumas plataformas disponibilizam testes com versões gratuitas. É o caso da Sesame. Aproveite a oportunidade para ver de perto todas estas funcionalidades. Não perca tempo!

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Diretor de Recursos Humanos at Sesame RH | Website | + posts

Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos, como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gerenciamento de pessoal.


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