Gestão de turnos

Empresas adotam escala 6×2 para equilibrar produtividade e bem-estar

Saiba como funciona a escala 6x2, o que diz a legislação e descubra como um bom controle de ponto pode evitar erros na gestão da jornada.

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Lukas Letieres

HR Consultant

escala 6x2

30 de maio, 2025


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A escala 6×2 tem ganhado espaço em empresas que operam com turnos rotativos, jornadas contínuas ou que buscam maior cobertura sem sobrecarregar suas equipes. Esse modelo oferece uma alternativa viável para equilibrar produtividade e bem-estar dos colaboradores, especialmente em operações que exigem presença constante.

Aplicar a escala 6×2 com eficiência exige organização, clareza nas regras e, principalmente, um controle rigoroso das jornadas. Por isso, cada vez mais empresas têm adotado sistemas de controle de ponto que automatizam o registro de horários, facilitam a gestão de escalas e garantem conformidade com a legislação trabalhista brasileira.

O que é a escala 6×2 e por que tem sido cada vez mais usada?

A escala 6×2 é um regime de jornada em que o colaborador trabalha por seis dias consecutivos e folga nos dois dias seguintes. Esse modelo garante, portanto, dois dias de descanso a cada ciclo de oito dias, o que o diferencia das escalas tradicionais como a 5×2 (segunda a sexta, com folga fixa no fim de semana).

A lógica da escala 6×2 é bastante utilizada em operações que exigem cobertura contínua, como indústrias, varejo, hospitais, logística e atendimento ao cliente. Diferentemente da jornada comercial tradicional, essa escala permite rodízios mais equilibrados e uma distribuição mais flexível das folgas ao longo da semana.

Esse modelo se tornou muito utilizado em empresas que desejam:

  • Reduzir o número de colaboradores ociosos em horários de baixa demanda;
  • Manter a operação ativa sete dias por semana sem sobrecarregar os times;
  • Garantir folgas alternadas que respeitam a legislação trabalhista e favorecem o bem-estar.

Na prática, a escala 6×2 é uma forma de adaptar a jornada às necessidades do negócio, sem perder de vista o equilíbrio entre produtividade e saúde ocupacional. Quando bem planejada e corretamente registrada, ela se mostra uma estratégia eficiente para empresas que operam em ritmo acelerado e precisam de maior previsibilidade na cobertura de turnos.

Como funciona a escala 6×2 na prática

Apesar de parecer simples, a aplicação da escala 6×2 na prática exige planejamento e acompanhamento contínuo. Na teoria, o colaborador trabalha durante seis dias consecutivos e folga nos dois dias seguintes.

Mas, na rotina de uma empresa, essa lógica pode gerar combinações diversas de horários e turnos, dependendo do tipo de atividade e da organização interna. Veja como isso se aplica, na prática:

  • Carga horária: normalmente, o colaborador cumpre 8 horas por dia, totalizando 48 horas semanais, o que pode exigir acordos coletivos ou compensações, já que o limite padrão pela CLT é de 44 horas por semana;
  • Distribuição das folgas: como a escala gira em ciclos de 8 dias, os dias de folga não são fixos, ou seja, podem cair em qualquer dia da semana, variando de acordo com a rotação da equipe;
  • Turnos alternados ou fixos: a empresa pode organizar a escala em turnos fixos (manhã, tarde ou noite) ou rotativos, desde que respeite os intervalos legais e a duração máxima da jornada;
  • Rodízio entre equipes: geralmente, o RH organiza grupos que se revezam para garantir cobertura contínua, com o apoio de um sistema que controle os ciclos automaticamente.

Um exemplo prático: Um colaborador que trabalha de terça a domingo terá folga na segunda e terça da semana seguinte. Após isso, retoma o ciclo de seis dias de trabalho. Isso garante dois dias consecutivos de descanso, mesmo que as folgas não coincidam com fins de semana.

Esse modelo favorece empresas que funcionam 24/7 ou em horários fora do expediente comercial. Mas, para que funcione bem, é essencial ter uma gestão precisa das jornadas, com um controle de ponto confiável e um bom planejamento de escalas, sob risco de sobrecarga, conflitos de turnos ou infrações à legislação.

Escala 6×2 dá direito a feriados e folgas específicas?

Sim, trabalhadores em escala 6×2 têm direito a folgas e feriados, mas a aplicação é diferente dos modelos com descanso fixo no fim de semana. Como os dias de folga variam de acordo com o rodízio da escala, os feriados podem coincidir com dias úteis ou de descanso, sem gerar obrigatoriedade automática de folga adicional.

A legislação não exige que o feriado caia exatamente no dia da folga do colaborador. Porém, se o colaborador trabalhar no feriado, ele terá direito ao pagamento em dobro ou a uma folga compensatória, conforme previsto na CLT (art. 9º da Lei 605/49).

Por isso, o RH precisa ter um controle claro sobre a escala de cada equipe, especialmente em datas sensíveis, para garantir o cumprimento das obrigações legais e evitar conflitos com os colaboradores.

Quem trabalha em escala 6×2 ganha mais?

Não necessariamente. O fato de um colaborador atuar em escala 6×2 não significa, por si só, que ele receberá um salário maior. O valor da remuneração depende da jornada contratual, função exercida, convenções coletivas e da existência (ou não) de adicionais.

No entanto, há casos em que o colaborador pode ganhar mais em função das condições específicas da escala. Veja os principais pontos que podem impactar o salário:

  • Horas extras: se a carga horária semanal ultrapassar o limite legal de 44 horas e não houver compensação, a empresa deverá pagar horas extras com adicional de no mínimo 50%;
  • Adicional noturno: em escalas com turnos noturnos (22h às 5h), o colaborador tem direito ao adicional noturno de, no mínimo, 20%, além da redução da hora noturna para 52 minutos e 30 segundos;
  • Adicional por insalubridade ou periculosidade: caso as atividades envolvam riscos ou exposição a agentes nocivos, o colaborador pode receber percentuais adicionais previstos por laudo técnico;
  • Convenções coletivas: algumas categorias preveem bônus, abonos ou compensações específicas para escalas diferenciadas, como a 6×2.

Em resumo, quem trabalha em escala 6×2 pode ter ganhos superiores, mas isso depende da jornada real, do regime adotado e dos acordos em vigor.

Por que é essencial controlar corretamente o ponto na escala 6×2

A escala 6×2 exige controle absoluto sobre a jornada de trabalho. Como os dias de folga não são fixos e os ciclos de trabalho mudam constantemente, qualquer falha no registro de horários pode resultar em descumprimento da carga horária legal, pagamento indevido de horas extras ou até passivos trabalhistas por descumprimento de descanso.

É por isso que o RH não pode depender de planilhas ou registros manuais. A complexidade da escala 6×2 demanda ferramentas específicas, capazes de acompanhar variações, gerar alertas e manter a conformidade com a CLT.

Neste caso, a melhor opção é contar com um bom software de controle de ponto para:

  • Registrar automaticamente a entrada, saída e intervalo, com base em dados reais (geolocalização, reconhecimento facial, etc.);
  • Gerenciar escalas rotativas com previsibilidade e agilidade;
  • Emitir relatórios de jornada e banco de horas prontos para auditoria ou fechamento de folha;
  • Aplicar regras diferenciadas por equipe, turno ou filial, com total flexibilidade e segurança jurídica.

A automação evita falhas humanas, melhora a transparência com os colaboradores e libera o RH para focar em decisões estratégicas, e não em tarefas operacionais. Isso é fundamental, principalmente em modelos de trabalho com alta rotação ou cobertura contínua, como a escala 6×2.

Hoje, o mercado brasileiro possui diversos softwares que trazema funcionalidade de registro digital de jornada. Entre os mais completos está o Sesame, que é considerado tudo-em-um, por oferecer recursos que vão além do controle de ponto.

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Diretor de Recursos Humanos at Sesame RH | Website | + posts

Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos, como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gerenciamento de pessoal.


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