Salários e remunerações
Como declarar a remuneração informada corretamente em processos seletivos
Evite erros e riscos legais ao declarar a remuneração informada em processos seletivos. Veja como o RH pode ter clareza e conformidade.
Salários e remunerações
Evite erros e riscos legais ao declarar a remuneração informada em processos seletivos. Veja como o RH pode ter clareza e conformidade.
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Lukas Letieres
HR Consultant
10 de julho, 2025
A forma como o RH comunica a remuneração durante os processos seletivos deixou de ser um detalhe administrativo, virou um ponto crítico de gestão. Em um cenário onde a transparência é cobrada por candidatos, a conformidade é fiscalizada com rigor e a competitividade por talentos qualificados cresce mês a mês, informar a remuneração de maneira incorreta pode comprometer toda a jornada de contratação.
Mais do que uma falha de comunicação, um dado mal posicionado ou uma faixa salarial mal interpretada pode gerar incidentes na folha de pagamento, atritos com o financeiro e desconfiança logo nas primeiras semanas do novo colaborador. O impacto é direto na reputação da empresa, na previsibilidade orçamentária e na segurança jurídica.
Por isso, a remuneração informada exige uma abordagem padronizada, estratégica e sem margem para erro. Fique neste artigo e descubra o que é e como usar corretamente a remuneração informada!
Para o RH, remuneração informada é o valor ou faixa salarial que a empresa comunica ao divulgar uma vaga ou durante o processo seletivo. Ela pode representar o salário fixo, a remuneração variável, ou ambos. Mas, acima de tudo, ela transmite expectativas, como espera Cristina Martín, diretora de RH da Sesame:
“A remuneração não é só um valor. É uma promessa. Quando informamos um salário, estamos dando um sinal claro sobre o tipo de relação que queremos construir com aquele talento.”
Gestores que subestimam a importância da remuneração informada frequentemente enfrentam problemas como:
Com a popularização da carteira de trabalho digital (CTPS Digital), cada informação registrada pelo RH passou a ter ainda mais visibilidade e rastreabilidade. A remuneração informada na carteira se refere ao valor que a empresa declara no momento da contratação, que deve refletir fielmente o que foi acordado.
Cristina Martín observa que essa etapa exige alinhamento técnico e institucional:
“O que o RH promete ao candidato deve ser o que o jurídico registra e o financeiro executa. Toda desconexão nesse processo compromete a credibilidade da empresa.”
Para o gestor, isso exige um duplo cuidado:
Declarar a remuneração corretamente exige alinhamento entre áreas, clareza de comunicação e uso de boas práticas. A seguir, listamos os pilares que todo gestor precisa acompanhar para evitar erros:
Criar uma diretriz institucional para a comunicação salarial ajuda a reduzir ruídos e improvisos.
Esse alinhamento é o alicerce da segurança trabalhista. Toda remuneração comunicada deve estar validada.
Sobre esse ponto, Cristina reforça:
“A falta de alinhamento entre áreas gera promessas que o RH não pode cumprir. E isso mina a experiência do colaborador antes mesmo da contratação.”
A coerência entre o que se publica e o que se explica ao candidato faz toda a diferença.
Muitos gestores ainda tratam salário e remuneração como sinônimos, o que pode gerar erro de expectativa e até falhas legais.
Cristina Martín destaca que o RH deve deixar isso claro já no primeiro contato com o talento:
“Remuneração é um conceito mais amplo. Quando o candidato recebe apenas o salário base como referência, sem entender o total do pacote, há risco de frustração e desconfiança.”
A clareza sobre esses termos fortalece a imagem da empresa e previne conflitos posteriores.
Cada modelo de remuneração impacta a atratividade da vaga, a clareza do processo e a consistência da proposta. Veja como os principais modelos exigem abordagens diferentes do RH:
A remuneração fixa é a mais tradicional e usada em setores com estrutura de cargos bem definida.
É fácil de comunicar, permite comparações diretas entre candidatos e facilita a previsão orçamentária. Porém, sem elementos variáveis, pode parecer pouco competitiva em mercados dinâmicos.
Esse modelo depende de metas, KPIs ou resultados coletivos. É essencial que o RH explique claramente os critérios de elegibilidade, periodicidade dos pagamentos e teto de bonificação. Uma declaração mal feita pode ser interpretada como promessa enganosa, como alerta Cristina Martín:
“Remuneração variável só funciona quando há clareza total sobre como ela será alcançada. O papel do RH é antecipar dúvidas e estruturar a comunicação como um contrato psicológico.”
Esse modelo combina o melhor dos dois mundos: estabilidade com incentivo. O desafio do RH aqui está na comunicação detalhada, o que é garantido, o que é variável, quando cada parte será paga e quais condições precisam ser cumpridas. Qualquer brecha pode gerar interpretações incorretas.
Para garantir que a remuneração informada seja declarada com precisão, padronização e segurança jurídica, o uso de tecnologia é decisivo. Softwares especializados em RH permitem controlar todas as etapas, da criação da vaga ao registro da contratação, sem desvios.
No caso do software de RH da Sesame, os gestores ganham:
A ferramenta reduz falhas humanas e promove a transparência desde o início da jornada do colaborador. Veja também outras funcionalidades da Sesame HR:
Além disso, oferece um teste gratuito, ideal para que as empresas validem a solução na prática antes de contratar.
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