Gestão documental

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS): tudo o que você precisa saber

Entenda o que é a CTPS, como funciona a versão digital e como o RH pode simplificar a gestão com tecnologia. Guia completo com dicas práticas.

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Lukas Letieres

HR Consultant

ctps

26 de maio, 2025


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Você já se viu naquela situação em que, ao admitir um novo colaborador, a simples conferência da CTPS vira um desafio logístico? Informações desencontradas, dados incompletos ou documentos que somem no meio dos e-mails. Embora pareça um detalhe, a Carteira de Trabalho e Previdência Social é um item obrigatório que, se mal gerenciado, pode travar todo o processo de admissão e gerar muita dor de cabeça para o RH.

É por isso que cada vez mais empresas estão recorrendo a um software de gestão documental, capaz de centralizar, organizar e automatizar todo o ciclo de arquivos e registros. Mas antes de pensar em ferramentas, é essencial entender de fato o que é a CTPS, para que serve e quais responsabilidades ela envolve. Continue a leitura e descubra tudo o que você, e seu RH, precisam saber.

O que é a CTPS e para que serve?

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é o documento oficial que registra a vida profissional do trabalhador no Brasil. Nela constam informações essenciais como data de admissão, cargo, salário, férias, contribuições ao INSS e desligamento, dados fundamentais tanto para o colaborador quanto para o empregador.

Mais do que um simples registro, a CTPS é a principal prova do vínculo empregatício e da trajetória profissional de um trabalhador. É por meio dela que se garantem direitos como aposentadoria, seguro-desemprego, FGTS, abono salarial e outros benefícios da Previdência Social.

Atualmente, a CTPS existe em dois formatos: o físico (em papel) e o digital, que passou a ser o modelo padrão desde 2019. Essa modernização trouxe mais agilidade para o RH, mais segurança na gestão de dados e mais autonomia para o trabalhador acessar suas informações diretamente pelo aplicativo ou site do Governo Federal.

Com a CTPS digital, o que antes dependia de carimbos, assinaturas e atualizações manuais, agora pode ser feito com poucos cliques, desde que o RH esteja preparado para essa transformação e conte com ferramentas que integrem bem seus processos.

Quais são as diferenças entre a CTPS física e CTPS digital?

Desde 2019, a CTPS digital passou a ser a versão prioritária para novos registros trabalhistas, substituindo gradualmente a antiga carteira física em papel, no Brasil. Apesar de ambas terem validade legal, as diferenças entre elas impactam diretamente a rotina do RH e a experiência do colaborador.

CTPS física

A carteira física é aquele livrinho azul que durante décadas acompanhou todo trabalhador brasileiro.

  • Nela, os registros eram feitos manualmente, com anotações e carimbos que exigiam atualizações presenciais e documentos físicos em cada nova contratação ou alteração contratual.
  • Embora ainda possa ser usada em casos excepcionais, o modelo físico tende a se tornar obsoleto com o avanço da digitalização.

CTPS digital

A versão digital da CTPS é acessada via aplicativo ou portal do Governo Federal e já nasce integrada com sistemas como eSocial, INSS e Receita Federal. Nessa modalidade, as empresas fazem os lançamentos eletronicamente, e os dados são atualizados em tempo real, eliminando erros manuais, extravios de documento e retrabalho.

Principais diferenças:

  • Acesso e consulta: a digital pode ser acessada de qualquer lugar, pelo celular ou computador. A física depende do documento impresso.
  • Atualização de dados: a digital é automática, integrada ao sistema do governo. A física exige registro manual.
  • Validade legal: ambas têm valor jurídico, mas a digital é preferencial.
  • Agilidade no processo admissional: a digital acelera o onboarding e reduz burocracia.

Para o RH, a CTPS digital representa um avanço significativo na automação de processos, desde que esteja aliada a um bom sistema de gestão documental e fluxo de admissão estruturado.

CTPS digital na prática: o que o RH precisa saber sobre emissão e acesso

Com a digitalização dos processos trabalhistas, a CTPS digital passou a ser o documento padrão para registrar vínculos empregatícios no Brasil. Embora o processo de emissão seja simples para o colaborador, o RH tem um papel fundamental em garantir que tudo esteja correto e em orientar quem ainda tem dúvidas ou dificuldades de acesso.

Por que o RH precisa se atentar à emissão da CTPS digital

A admissão de um novo colaborador não pode ser concluída sem o envio das informações ao eSocial. Para isso, o trabalhador precisa ter uma CTPS digital ativa, vinculada ao CPF e com os dados corretos. Se isso não acontecer, há risco de atrasos no registro do vínculo e inconsistências legais.

Como orientar o colaborador

Embora o processo de emissão da CTPS digital seja responsabilidade do trabalhador, cabe ao RH garantir que ele saiba o que fazer e verifique se está tudo certo antes do envio das informações ao sistema oficial. Oriente o colaborador a:

  • Baixar o aplicativo “Carteira de Trabalho Digital” (disponível para Android e iOS) ou acessar via gov.br;
  • Criar ou validar sua conta no gov.br com nível de segurança prata ou ouro;
  • Confirmar dados pessoais e validar informações anteriores de contratos de trabalho;
  • Verificar se o CPF e os dados pessoais estão corretos para evitar divergências no eSocial.

Como o RH deve lidar com a CTPS digital no processo admissional

Garantir que o colaborador tenha acesso à CTPS digital é mais do que uma gentileza, é um requisito técnico e legal que evita falhas no processo de contratação e protege a empresa de riscos trabalhistas. Um RH bem preparado é aquele que antecipa obstáculos e oferece soluções antes mesmo que o problema apareça. Por isso:

  • Solicite ao colaborador que informe o número do CPF, já que ele substitui o antigo número da CTPS;
  • Confirme se a conta gov.br está ativa antes de enviar os dados ao eSocial;
  • Registre corretamente a admissão no sistema dentro do prazo legal (até um dia antes do início);
  • Utilize um software de gestão documental para armazenar comprovantes de envio, aceite de contrato e outros registros da admissão.

Boas práticas para o RH na gestão da CTPS digital

Com a digitalização da Carteira de Trabalho e Previdência Social, o papel do RH vai além de registrar admissões: ele passa a ser um facilitador da experiência do colaborador e o guardião da conformidade legal. Para garantir que tudo funcione com fluidez e segurança, adotar boas práticas na gestão da CTPS digital é essencial.

Mantenha um checklist de admissão atualizado

Organize internamente uma lista de conferência com todos os dados que devem ser validados antes de registrar um novo colaborador no eSocial, incluindo:

  • Verificação de CPF e dados pessoais compatíveis com a base do governo;
  • Confirmação de que o colaborador já possui acesso ao gov.br;
  • Conferência de informações anteriores na CTPS digital para evitar sobreposição de dados;
  • Registro do pré-contrato ou proposta de trabalho assinada e armazenada com segurança.

Padronize processos com tecnologia

Utilize um software de gestão documental que permita centralizar os arquivos do colaborador, como ficha de admissão, termos de contrato, comprovantes de registro, e garanta o controle de versões, prazos e histórico completo. Isso evita perda de documentos e facilita auditorias futuras.

Treine o time de RH para orientar com segurança

Nem todo colaborador sabe como funciona a CTPS digital. Por isso, o RH precisa estar preparado para explicar, de forma objetiva, como emitir e acessar o documento, especialmente em casos de admissão de jovens aprendizes, estagiários ou profissionais vindos de setores com baixa digitalização.

Antecipe-se a erros e prazos

Monitore o status de cada admissão, garantindo que o envio ao eSocial ocorra dentro do prazo legal. Um pequeno atraso pode parecer irrelevante, mas compromete o cumprimento das obrigações trabalhistas e pode gerar penalidades.

Integre a gestão da CTPS ao restante do ciclo de vida do colaborador

CTPS não é usada apenas no momento da admissão. Promoções, mudanças de cargo, alterações salariais e desligamentos também exigem atualizações precisas e registradas. Por isso, integrar a gestão da CTPS a todo o ciclo de vida do colaborador é uma das boas práticas mais estratégicas que o RH pode adotar.

Fazer isso de forma manual é possível, mas com o tempo, se torna arriscado e ineficiente. A melhor forma de garantir consistência e organização é contar com um software de RH como a Sesame, que oferece:

  • Banco de dados de colaboradores;
  • Gestão documental automatizada;
  • Rastreabilidade completa de cada movimentação dentro da empresa;
  • Controle de ponto digital (com app, registro de ponto via WhatsApp, navegador, reconhecimento facial, geolocalização e espelho acessível);
  • Gestão de férias, ausências e licenças;
  • Criação e gerenciamento de escalas e turnos personalizados;
  • Onboarding digital com tarefas, documentos e fluxos de integração;
  • Sistema de avaliação de desempenho e feedback contínuo (com metas e ciclos flexíveis);
  • Organograma interativo e central de perfis dos colaboradores;
  • Armazenamento de documentos e gestão de arquivos por colaborador;
  • Comunicação interna, cultura organizacional e campanhas institucionais;
  • Relatórios gerenciais de RH e dashboards de apoio à decisão.

Dessa forma, o RH deixa de correr atrás de papelada, reduz erros e ganha tempo para focar em ações mais humanas e estratégicas. E para facilitar sua decisão, a Sesame oferece teste gratuito por alguns dias, ideal para você experimentar todos os recursos e ver, na prática, como simplificar sua rotina.

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Sales Engineer at Sesame RH | + posts

Tenho mais de 12 anos de experiência em Recursos Humanos. Sou orientada para o cliente interno e externo, especializada na definição e implementação de políticas de RH e na gestão de pessoas, seleção e retenção de talentos.


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