20 de maio, 2025

O controle de ponto por exceção vem ganhando espaço entre empresas que buscam agilidade e eficiência na gestão da jornada de trabalho. Diferente do modelo tradicional, onde cada marcação é registrada diariamente, esse método exige que o colaborador registre o ponto apenas em situações fora do padrão: como horas extras, atrasos ou ausências. Isso torna o processo mais fluido, sem comprometer a conformidade legal.

Para que essa modalidade funcione com segurança e praticidade, é essencial contar com um bom sistema de controle de ponto, capaz de automatizar regras, gerar alertas e manter todos os dados centralizados e acessíveis.

O que quer significa ponto por exceção?

O controle de ponto por exceção é uma alternativa moderna ao modelo tradicional de registro de jornada. Em vez de exigir marcações diárias, ele foca apenas nas situações em que há desvios do horário habitual.

Isso torna a gestão mais leve, confiável e adequada a empresas que prezam pela autonomia dos colaboradores. Veja como esse modelo funciona na prática:

Registro apenas quando há alterações: o colaborador só precisa marcar o ponto se houver atrasos, saídas antecipadas, horas extras, folgas ou faltas.
Economia de tempo e burocracia: elimina a necessidade de registrar entradas e saídas todos os dias quando a jornada ocorre conforme o esperado.
Baseado em jornada pré-definida: a empresa estabelece horários padrão de trabalho e o sistema considera esses dados como válidos, exceto quando há registros manuais.
Geração de relatórios e auditoria de exceções: mesmo sem registros diários, o sistema gera relatórios com base nas exceções registradas, mantendo a rastreabilidade e o controle.
Apoio da tecnologia para validação automática: um sistema de controle de ponto inteligente, como o software de RH da Sesame, identifica os desvios automaticamente e alerta o gestor, garantindo conformidade com a legislação.

Esse modelo exige confiança e um bom suporte tecnológico para funcionar com segurança. E com a ferramenta certa, o controle por exceção pode trazer mais eficiência e agilidade à rotina do RH.

Quais são as vantagens do ponto por exceção?

Adotar o controle de ponto por exceção pode trazer uma série de benefícios operacionais e estratégicos para empresas que buscam mais agilidade na rotina do RH, sem abrir mão da conformidade legal. Entre as principais vantagens, estão:

Apoio à transformação digital

Esse modelo depende de um sistema de controle de ponto inteligente e automatizado, o que impulsiona a digitalização dos processos internos.

Menos burocracia no dia a dia

Elimina a necessidade de marcações constantes, o que reduz o volume de registros e libera tempo para tarefas mais estratégicas.

Foco apenas no que foge do padrão

Facilita o monitoramento e a gestão de ocorrências específicas, como atrasos, faltas e horas extras.

Aumento da autonomia e da confiança

Transmite mais liberdade aos colaboradores, especialmente em ambientes com cultura organizacional mais flexível e transparente.

Redução de erros manuais

Menos marcações diárias significa menos chances de falhas no registro, além de diminuir retrabalhos por parte do RH.

Maior produtividade da equipe de RH

Com menos registros para validar, o time pode dedicar mais tempo à análise de dados e à tomada de decisão estratégica.

O que diz a legislação sobre o ponto por exceção?

O controle de ponto por exceção é permitido pela legislação brasileira, desde que respeitadas algumas condições formais. A possibilidade de adotar esse modelo foi consolidada com a Reforma Trabalhista de 2017, que incluiu um dispositivo específico sobre o tema na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

De acordo com o artigo 74, § 4º da CLT, incluído pela Lei nº 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), o controle de ponto por exceção pode ser utilizado mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Ou seja, é necessário que haja consentimento formal entre empregador e empregado para que o modelo seja aplicado legalmente.

Além disso, a Portaria 671/2021 do Ministério do Trabalho regulamenta os tipos de sistemas de registro eletrônico de ponto, incluindo a possibilidade de registrar jornadas por exceção, desde que os sistemas permitam:

Configuração personalizada da jornada padrão;
Registro apenas de ocorrências fora do previsto;
Armazenamento seguro e íntegro das informações;
Geração de relatórios e arquivos compatíveis com o eSocial.

Essa regulamentação reforça a importância de adotar um sistema de controle de ponto confiável e em conformidade com as exigências legais. Ferramentas como a Sesame atendem aos critérios da Portaria 671, oferecendo flexibilidade para configurar jornadas por exceção e manter a empresa em dia com a legislação trabalhista.

Quando vale a pena adotar o ponto por exceção

O controle de ponto por exceção não é indicado para todas as organizações e seu sucesso depende de alguns fatores, como o perfil dos colaboradores, a maturidade da cultura organizacional e o tipo de operação da empresa. Por isso, antes de adotar esse modelo, é importante avaliar se ele realmente faz sentido para o seu contexto. Esse formato costuma ser mais vantajoso quando:

A empresa tem jornadas fixas e bem definidas: o ponto por exceção é ideal para cenários em que a maioria dos colaboradores segue uma rotina previsível de entrada, saída e intervalos.
Existe confiança mútua entre gestão e equipe: o modelo favorece ambientes com autonomia e responsabilidade, onde os profissionais cumprem seus horários sem necessidade de controle constante.
Há um bom sistema de controle de ponto em uso: é essencial contar com uma solução tecnológica que permita configurar regras personalizadas, registrar exceções com precisão e manter registros auditáveis — como o sistema da Sesame.
A operação tem baixa rotatividade ou pouca variação de turnos: quanto mais estável for a rotina de trabalho, mais eficaz será o controle por exceção.
O RH busca reduzir carga operacional: esse modelo ajuda a desafogar processos burocráticos e otimiza o tempo da equipe responsável pela gestão de jornada.

Se esses cenários fazem parte da sua realidade, o ponto por exceção pode ser uma excelente alternativa para tornar a gestão de pessoas mais ágil, estratégica e alinhada com a transformação digital.

Precauções na utilização do ponto por exceção

Embora o controle de ponto por exceção traga praticidade, sua adoção exige atenção a alguns cuidados importantes para garantir a conformidade legal e a eficácia do modelo.

Acordo coletivo ou individual formalizado
A utilização desse modelo só é válida mediante acordo coletivo com o sindicato da categoria ou por meio de um acordo individual por escrito entre empresa e colaborador. É fundamental que o contrato de trabalho contenha uma cláusula clara sobre a adoção do ponto por exceção.
Sistema formal de registro obrigatório
Mesmo com marcações reduzidas, o uso de um sistema de controle de ponto é obrigatório. Ele deve registrar todas as exceções, a exemplo de faltas, atrasos, saídas antecipadas, horas extras ou folgas. Assim, poderá garantir a rastreabilidade e segurança jurídica.
Pagamento de horas extras permanece inalterado
A empresa continua obrigada a registrar, controlar e remunerar corretamente todas as horas extras, adicional noturno ou banco de horas, conforme previsto em lei. O modelo por exceção não modifica os direitos trabalhistas, apenas simplifica o registro das jornadas regulares.

Seguindo essas diretrizes, é possível adotar o ponto por exceção de forma segura e eficiente. E se a sua empresa busca centralizar toda a gestão de RH em uma única plataforma, o Sesame é a escolha ideal.

Com funcionalidades completas e um teste gratuito por alguns dias, você pode experimentar na prática os benefícios desse modelo antes de tomar uma decisão definitiva.

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Cristina Martín

Diretor de Recursos Humanos at Sesame RH | Website | + posts

Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos, como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gerenciamento de pessoal.