Gestão
Como reduzir a taxa de rotatividade e manter talentos na empresa
Veja como reduzir a taxa de rotatividade com ações práticas de RH e crie um ambiente organizacional mais estável e estratégico.
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Veja como reduzir a taxa de rotatividade com ações práticas de RH e crie um ambiente organizacional mais estável e estratégico.
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Lukas Letieres
HR Consultant
6 de junho, 2025
A taxa de rotatividade é um dos indicadores mais traiçoeiros da gestão de pessoas: silenciosa no início, dispendiosa no final. Quando não monitorada de perto, ela vai minando a cultura, os resultados e a confiança do time.
Quem está no RH conhece bem esse desgaste. O esforço para contratar certo, treinar com qualidade e, mesmo assim, ver bons profissionais saindo antes de entregar seu potencial completo. O custo não é só financeiro, é também emocional, operacional e cultural.
Mas reduzir a taxa de rotatividade não depende de sorte nem de slogans sobre “ambiente colaborativo”. Depende de ações concretas, consistentes e alinhadas à realidade da sua empresa.
É exatamente sobre essas ações que vamos neste artigo, mostrando ainda, o que realmente faz diferença para manter talentos dentro da empresa e transformar o RH em protagonista da retenção, usando dados, estratégia e propósito. Siga com a leitura.
A taxa de rotatividade, também chamada de taxa de rotação, é o indicador que mostra com que frequência colaboradores entram e saem da sua empresa. À primeira vista, pode parecer só mais uma métrica de RH, mas, na prática, ela funciona como um radar silencioso da cultura, do clima organizacional e da consistência da gestão.
Cristina Martín, Diretora de Recursos Humanos da Sesame, reforça que a taxa de rotatividade vai além do número e exige leitura estratégica:
“A rotatividade é como febre: não é o problema em si, mas um sintoma. Quando ela sobe, é sinal de que algo está desalinhado, e o RH precisa investigar, entender e agir. Empresas que ignoram esse dado perdem talentos, dinheiro e reputação.”
Entender o que é a taxa de rotatividade é o primeiro passo para tomar decisões melhores. Este índice aponta fragilidades na retenção, mostra se o processo de recrutamento está acertando no perfil certo, e revela se a cultura da empresa está conseguindo sustentar aquilo que promete.
O próximo passo é aprender como calcular essa taxa, identificar os principais causadores de sua alta e, o mais importante: como reduzi-la de forma consistente, mantendo seus talentos e fortalecendo o negócio de dentro para fora.
Para que a taxa de rotatividade realmente se torne uma ferramenta de gestão, você precisa saber como calculá-la e interpretá-la com precisão. Primeiro, observe a fórmula:
Taxa de rotatividade = (Número de desligamentos no período / Número total de colaboradores) × 100
Ela pode ser aplicada mensal, trimestral ou anualmente, de acordo com o porte e o ritmo da empresa. O mais importante é manter o padrão e comparar com consistência ao longo do tempo. Veja um exemplo prático:
Sua empresa teve 10 desligamentos no último ano e tem, em média, 80 colaboradores:
Taxa de rotatividade = (10 / 80) × 100 = 12,5%
Esse percentual mostra que 12,5% da força de trabalho foi substituída no período. Parece apenas um dado neutro, mas ele pode carregar alertas importantes sobre clima, liderança, alinhamento cultural ou processos de onboarding falhos.
E atenção: uma rotatividade “baixa demais” também pode esconder um problema, como estagnação, falta de oxigenação ou retenção de perfis tóxicos.
Experimente agora nossa calculadora de taxa de rotatividade e descubra, em segundos, o impacto real da saída de colaboradores na sua empresa.
Reduzir a rotatividade não é só questão de benefícios ou salário competitivo. É, acima de tudo, uma questão de diagnóstico, e, como lembra Cristina Martín, isso exige profundidade e coragem:
“Quando o RH tem acesso aos dados, mas não investiga as causas, está apenas alimentando relatórios. O verdadeiro trabalho começa quando olhamos para os padrões de saída e fazemos as perguntas difíceis: o que estamos entregando está alinhado com o que prometemos?”
A seguir, você encontra os principais fatores que, de forma isolada ou combinada, impulsionam a taxa de rotatividade nas empresas e o que o RH deve observar de perto.
Contratar rápido para preencher vaga sem considerar cultura, propósito e estilo de gestão é uma receita para o desligamento precoce. Quando a expectativa do colaborador não encontra eco na prática, a saída se torna questão de tempo.
A primeira impressão importa e muito. Um processo de onboarding confuso, genérico ou apressado pode comprometer totalmente o vínculo do colaborador com a empresa. Veja os sinais comuns:
Muitas demissões voluntárias não são da empresa, são da gestão direta. Falta de feedback, microgestão, ausência de escuta e pouca empatia estão entre os principais motivos de saída silenciosa. Desenvolver líderes não é custo, é contenção de perdas.
Ambientes marcados por sobrecarga, falta de reconhecimento, pressão desmedida ou conflitos recorrentes corroem a permanência, mesmo entre os mais engajados. Rotatividade alta pode ser apenas o reflexo de uma cultura organizacional que já está em desgaste crônico.
Quando o colaborador não enxerga próximos passos, ele começa a procurar fora. A ausência de planos de carreira, mobilidade interna e conversas de carreira abre espaço para a saída, mesmo em ambientes bem avaliados.
Políticas mal comunicadas, avaliações de desempenho irregulares, critérios de promoção nebulosos e falta de estrutura para ouvir e agir a partir do feedback comprometem a confiança. E sem confiança, não há retenção que resista.
Não existe fórmula mágica, mas há decisões consistentes que, quando aplicadas com estratégia, reduzem a rotatividade de forma concreta e sustentável. O papel do RH aqui não é apagar incêndios, mas criar as condições certas para que os talentos queiram, e escolham ficar.
Veja a seguir um conjunto de ações práticas que funcionam na realidade de empresas em crescimento:
Essas ações não precisam acontecer todas de uma vez, mas precisam acontecer com intencionalidade. A redução da taxa de rotatividade é consequência de um RH que atua de forma sistemática, próxima e estratégica.
“Retenção não é sorte. É construção diária. Cada ação — do primeiro contato até o último feedback, contribui para a decisão de alguém ficar ou sair. O RH que entende isso deixa de ser suporte e passa a ser motor de estabilidade e crescimento.”
— Cristina Martín, Diretora de Recursos Humanos
Reduzir a taxa de rotatividade exige consistência e isso não é possível sem dados confiáveis. Quando o RH precisa compilar informações de diferentes planilhas, departamentos e históricos dispersos, o tempo gasto é alto e a chance de erro maior ainda.
Por isso, ferramentas especializadas são aliadas indispensáveis na gestão de pessoas com visão estratégica. Invista em Softwares de RH completos como o Sesame. Estas plataformas têm o poder de transformar o jeito de monitorar e agir sobre a rotatividade. Veja os motivos:
Na Sesame, por exemplo, todos esses dados são integrados em uma única plataforma, o que permite acompanhar a saúde da equipe em tempo real e tomar decisões baseadas em evidência, não em suposição.
A boa notícia é que é possível testar a versão gratuita por alguns dias para ver de perto todos estes recursos. Experimente e dê um upgrade na sua gestão de pessoas!
Profissional experiente de RH dedicado a promover comunidades colaborativas fortes de líderes de RH. Como fundador do RH Club e da HR Community, uso meus mais de 15 anos de experiência para melhorar as perspectivas de carreira dos líderes de RH.