16 de junho, 2025

Poucos gestores têm plena consciência do quanto a avaliação 90 graus pode ser poderosa. Por parecer simples demais, ela costuma ser deixada de lado em favor de modelos mais complexos, como a 180 ou 360 graus. Mas essa simplicidade é justamente sua força.

Quando bem aplicado, esse modelo de avaliação oferece aquilo que muitas empresas precisam com urgência, que é um feedback direto da liderança, com foco claro em performance, metas e comportamento profissional.

Mas, pPara que essa ferramenta realmente gere impacto, é preciso técnica, estrutura e consistência. É aí que entra a improtância de contar com um software de avaliação de desempenho.

Com ele é possível transformar esse modelo direto em um processo escalável, inteligente e orientado por dados. Com ele, o RH consegue padronizar critérios, acompanhar a evolução individual, consolidar feedbacks e gerar relatórios acionáveis. O resultado é uma gestão mais ágil, justa e conectada com o desenvolvimento real das pessoas.

O que é a avaliação 90 graus?

A avaliação 90 graus é o formato mais direto dentro dos sistemas de análise de desempenho. Nela, o feedback é realizado exclusivamente pela liderança direta do colaborador.

Não há coleta de percepções dos pares, da equipe ou da própria pessoa avaliada, como ocorre nas avaliações 180 ou na análise 360 graus. Isso não significa, no entanto, que ela seja incompleta.

De acordo com Cristina Martín, Diretora de RH da Sesame, a força desse modelo de análise está justamente no foco, quando o objetivo é reforçar a hierarquia, medir entregas com objetividade ou alinhar performance com metas estratégicas:

“A avaliação 90 graus é perfeita para empresas que estão estruturando seu processo avaliativo. É simples, mas eficaz. Quando a liderança está preparada e os critérios são claros, ela promove feedbacks consistentes, acelera decisões e apoia o crescimento.”

Enquanto a avaliação 180 graus insere a autoavaliação na equação, e a 360 graus incorpora múltiplos pontos de vista, a 90 graus prioriza agilidade e consistência. É ideal em ciclos curtos, projetos com metas objetivas ou times em estruturação.

Quando a avaliação 90 graus é a melhor escolha para o RH?

Apesar de ser um modelo enxuto, a avaliação 90 graus pode oferecer respostas valiosas, especialmente quando aplicada no momento certo e com objetivos definidos. A seguir, veja os principais cenários em que ela é a opção mais eficaz.

Empresas em fase de crescimento que ainda não têm uma cultura de feedback bem consolidada.
Situações em que a liderança é o principal ponto de contato e acompanhamento da performance.
Ambientes com metas e entregas claramente mensuráveis, como times comerciais ou operacionais.
Ciclos de avaliação com foco em decisões táticas, como promoções, remuneração variável ou redirecionamento de função.
Momentos em que o RH precisa ganhar escala sem comprometer a qualidade da análise.

Nesses contextos, a simplicidade do modelo se traduz em velocidade de aplicação, facilidade de entendimento e maior adesão por parte das lideranças.

Veja os principais pontos a considerar na aplicação do modelo 90 graus

Embora seja um formato direto, aplicar a avaliação 90 graus sem cuidado pode gerar distorções ou perda de credibilidade. A seguir, os aspectos mais críticos que o RH deve observar:

Clareza nos critérios de avaliação

Sem critérios bem definidos, o feedback do gestor pode virar algo opinativo e subjetivo. Como evitar:

Estabeleça competências-chave com comportamentos observáveis.
Adapte os critérios ao cargo, nível e função do avaliado.
Treine gestores para aplicar os critérios com consistência.

Preparação da liderança

Muitos gestores ainda têm dificuldade em dar feedback estruturado. Isso compromete a entrega do processo. Como evitar:

Ofereça guias com exemplos de boas práticas.
Promova encontros curtos de alinhamento antes do ciclo.
Incentive o uso de técnicas como a estrutura SBI (Situação – Comportamento – Impacto).

Conexão com o desenvolvimento

Avaliação sem desdobramento é só diagnóstico. É preciso que o feedback gere ação. Como evitar:

Transforme os resultados em planos de desenvolvimento individual.
Registre os acordos e metas definidas em reuniões pós-avaliação.
Estabeleça prazos de acompanhamento e reavaliação.

Avaliação 90 graus na prática: o que ela mede e como formatar

Uma das vantagens do modelo é a flexibilidade. Ele pode ser desenhado para medir competências técnicas, comportamentais ou metas quantitativas. O importante é que o conteúdo seja claro e coerente com os objetivos da avaliação.

Principais dimensões avaliadas:

Entregas e resultados concretos.
Comportamentos alinhados à cultura da empresa.
Comunicação com o time e postura profissional.
Capacidade de execução sob pressão ou prazos.
Evolução ao longo do ciclo anterior.

Formato ideal de questionário de avaliação de desempenho:

Blocos curtos com 3 a 5 perguntas por dimensão.
Escala de avaliação (por exemplo, de 1 a 5 ou de “abaixo do esperado” a “acima do esperado”).
Campos abertos para observações qualitativas.
Espaço para indicação de pontos fortes e oportunidades de desenvolvimento.

Como a tecnologia pode transformar o uso da avaliação 90 graus

Embora o modelo 90 graus seja simples, aplicá-lo em escala e com consistência exige estrutura. É aqui que plataformas especializadas fazem a diferença. Um software de RH como o da Sesame permite ao time de gestão e ao RH conduzir o processo com fluidez, clareza e inteligência de dados. Com um sistema assim, é possível:

Criar formulários personalizados por área, função ou perfil.
Automatizar convites, prazos e lembretes de preenchimento.
Registrar e acompanhar o histórico de avaliações por colaborador.
Ter acesso à relatórios gerenciais de RH com média por competência e comparativos de evolução.
Integrar os dados à jornada de desenvolvimento e ao planejamento de carreira.

O uso do software da Sesame garante que o feedback da liderança seja documentado, monitorado e usado como base para decisões concretas.

A boa notícia é que a plataforma oferece uma versão gratuita para teste, permitindo ao RH experimentar na prática como o modelo 90 graus pode se transformar em uma ferramenta contínua de performance.

É tecnologia aplicada à simplicidade, e isso, no RH, é poderoso!

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Julian Tur

HR Specialist at Sesame HR | + posts

Como especialista em RH, tenho mais de 10 anos de experiência na gestão de relações trabalhistas, como a coordenação de benefícios e programas de desenvolvimento de carreira, ajudando a fortalecer a gestão de pessoas.