Desempenho e produtividade
Feedback: guia completo com técnicas para impulsionar o time
Aprenda a aplicar técnicas de feedback que realmente engajam, corrigem rotas e impulsionam o time de forma contínua e estratégica.
Desempenho e produtividade
Aprenda a aplicar técnicas de feedback que realmente engajam, corrigem rotas e impulsionam o time de forma contínua e estratégica.
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Lukas Letieres
HR Consultant
16 de junho, 2025
Feedback é, talvez, uma das palavras mais repetidas dentro das empresas, e uma das menos compreendidas. No discurso, ele é valorizado, mas, na prática, ainda é confundido com crítica, elogio pontual ou cobranças disfarçadas.
Para um gestor de RH, o desafio não é apenas incentivar o feedback entre líderes e liderados, mas criar uma cultura na qual essa prática realmente transforma comportamentos, corrige rotas e potencializa talentos.
É nesse ponto que a estrutura faz toda a diferença. Quando o processo de avaliação de pessoas está bem construído, o feedback ganha direção, ritmo e impacto.
Alé de técnicas bem aplicadas. o uso da tecnologia pode ser um divisor de águas. Contar com um software de avaliação de desempenho contribui diretamente para isso, pois ele ajuda a registrar interações de maneira estruturada, conectar feedbacks a competências-chave, identificar padrões e gerar insights acionáveis. O que era subjetivo vira dado e o que era disperso vira estratégia.
Feedback é mais do que uma devolutiva sobre algo que aconteceu. Ele é uma ferramenta de comunicação que ativa consciência, alinha expectativas e direciona comportamentos.
Segundo iago Santos, Vice-Presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame RH, na gestão de pessoas, o feedback é um instrumento de desenvolvimento, não de julgamento:
“Feedback eficaz não é sobre o que o gestor quer dizer, e sim sobre o que o outro precisa entender para crescer. É um convite à evolução, não um rótulo. Para ser construtivo, o feedback precisa ser oportuno, específico e relevante. Ele não deve acontecer só quando há um problema, mas ser parte de um ciclo constante de aprimoramento, com espaço para escuta ativa e colaboração.”
Embora o conceito de feedback seja único, devolver uma percepção sobre algo que foi feito, existem diferentes abordagens com finalidades específicas. Entender os tipos de feedback é fundamental para saber qual aplicar em cada situação, com que linguagem e qual o objetivo do retorno. Para o RH, isso representa a chance de orientar melhor os líderes e fortalecer o papel pedagógico da comunicação no dia a dia.
É o reconhecimento por comportamentos, entregas ou atitudes alinhadas ao que a empresa espera e valoriza. Ele reforça padrões desejáveis e aumenta o engajamento. Deve ser direto, específico e legítimo. Ao contrário do que muitos pensam, o feedback positivo não deve ser usado apenas para “compensar” o negativo, ele tem valor próprio na construção da confiança.
É o mais sensível, mas também o mais necessário. Tem como objetivo indicar algo que precisa ser ajustado ou melhorado. Não é crítica pessoal, mas orientação comportamental. Um bom feedback corretivo foca na ação, não na pessoa, e sugere caminhos claros para mudança. Sua eficácia depende da relação de confiança entre quem dá e quem recebe.
É uma combinação equilibrada de reforço e direcionamento. Envolve reconhecer o esforço ou a intenção, mas indicar ajustes para que os resultados sejam melhores no futuro. É ideal em situações onde o colaborador está no caminho certo, mas precisa de afinação. É um tipo de feedback que preserva a motivação e estimula a evolução contínua.
Tem caráter formativo e está diretamente ligado ao crescimento profissional. Costuma estar presente em processos estruturados de avaliação de desempenho, mentorias e planos de carreira. Seu foco é ampliar o autoconhecimento do colaborador e preparar terreno para futuras responsabilidades. Mais do que avaliar o passado, aponta para o futuro.
Mesmo com treinamentos e boas intenções, o feedback costuma falhar por motivos recorrentes: ele é adiado, mal formulado, dado sem contexto ou recebido com resistência. Em vez de impulsionar, paralisa. Em vez de orientar, confunde.
A Harvard Business Review publicou em 2023 que 37% dos colaboradores acreditam que o feedback recebido de seus líderes tem pouco ou nenhum impacto prático. O problema não está no conceito, mas na aplicação. Veja os principais pontos a considerar.
Muitos gestores não foram treinados para dar feedback. Agem por impulso, evitam conversas difíceis ou seguem modelos engessados que não se aplicam ao contexto. Para evitar isso, invista em:
Dizer “você precisa melhorar sua postura” não ajuda. O colaborador precisa entender o que está em jogo, o impacto da ação e o que pode ser feito diferente. Como evitar:
Se o feedback acontece apenas na avaliação anual, ele perde força. Em empresas ágeis, o ciclo precisa ser mais curto, contínuo e contextualizado. por isso, evite:
Boas intenções não bastam. É preciso método. A seguir, técnicas validadas que podem ser aplicadas por gestores, RHs e lideranças em diferentes cenários.
Ajuda a estruturar feedbacks objetivos, evitando julgamentos. Como aplicar:
Exemplo:
“Na reunião de terça (situação), você interrompeu três vezes enquanto a colega explicava o projeto (comportamento). Isso fez com que ela perdesse o raciocínio e desmotivou a participação do time (impacto).”
Consiste em iniciar com um ponto positivo, apresentar a crítica e finalizar com incentivo. Deve ser usada com equilíbrio, para não parecer manipulação. Como aplicar:
Dica: use com moderação e somente quando houver equilíbrio real entre os elementos.
Foca no futuro, não no erro. Muito usada em culturas orientadas ao aprendizado e crescimento. Como aplicar:
Feedforward reduz resistência e estimula autoresponsabilidade. Segundo a Gallup (2023), equipes que recebem esse tipo de abordagem têm 29% mais engajamento.
Feedback eficaz é vetor de cultura, performance e engajamento. Ele impulsiona o time não porque corrige erros, mas porque revela potencial.
Além disso, alinha pessoas com os objetivos estratégicos da empresa, encurtando ciclos de aprendizado e fortalece a confiança mútua.
Confira agora os benefícios práticos observados em empresas com cultura de feedback estruturada:
É por isso que o RH não pode tratar o feedback como evento pontual, mas como componente central de uma cultura orientada à evolução contínua.
Implementar uma cultura sólida de feedback exige constância, rastreabilidade e contexto. É por isso que plataformas especializadas vêm ganhando espaço dentro do RH.
A tecnologia, quando bem aplicada, ajuda na organização de ciclos, no acompanhamento da evolução e na padronização de critérios com inteligência.
O software de RH da Sesame, por exemplo, permite integrar o feedback ao processo de avaliação de desempenho de forma estruturada. Com ele, é possível:
Além de facilitar a gestão, o sistema torna o feedback mais transparente, estratégico e escalável. A boa notícia é que a Sesame oferece uma versão gratuita para teste.
É uma ótima oportunidade para ver de perto como o RH da sua empresa pode transformar o feedback em um verdadeiro motor de crescimento, além de ter acesso a outras funcionalidades que fazem toda a diferença na rotina da gestão de pessoas.
Experimente agora mesmo!