Gestão de turnos

Otimize a escala de trabalho e veja a produtividade crescer

Aprenda a organizar a escala de trabalho da sua equipe com eficiência. Reduza erros operacionais e impulsionar a produtividade do RH.

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Lukas Letieres

HR Consultant

escala de trabalho

20 de junho, 2025



Organizar a escala de trabalho da equipe pode parecer um desafio constante para os gestores de Recursos Humanos. Os conflitos entre cobertura adequada de turnos, cumprimento da legislação trabalhista e bem-estar dos colaboradores exigem atenção minuciosa e estratégia.

Ignorar esses fatores pode custar caro: rotatividade elevada, improdutividade e passivos jurídicos são apenas algumas das consequências visíveis. Além disso, a má gestão da escala tende a provocar um efeito dominó, e um dos pontos mais sensíveis é o controle de horas extras.

Sem uma jornada bem distribuída e equilibrada, as horas adicionais viram rotina, não exceção. A consequência é orçamento estourados, desgaste da equipe e aumento de riscos legais. O RH moderno precisa ir além da planilha e investir em tecnologia.

Com a ajuda de um software de escala de trabalho é possível adotar uma lógica inteligente de turnos que otimize a operação e mantenha o engajamento dos times. Siga com a leitura e descubra como é possível reduzir erros, automatizar os ajustes e garantir o cumprimento da legislação – com produtividade e bem-estar dos colaboradores.

Conheça os principais tipos de escala de trabalho e o que considerar ao adotar cada um

Para que a organização da escala seja realmente eficiente, o primeiro passo é compreender os principais modelos praticados no Brasil e suas implicações legais e operacionais. Eles não apenas definem a jornada do colaborador, mas também impactam diretamente a folha de pagamento, a gestão de turnos e a cultura da empresa.

“A escala de trabalho é um espelho da estratégia da empresa. Quando bem planejada, ela equilibra o operacional com o humano, e isso se traduz em menos erros, menos rotatividade e mais performance”, afirma Tiago Santos, Vice-Presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame RH.

Quais são os tipos de escalas de trabalho mais utilizados?

Essa é uma das dúvidas mais comuns entre gestores de RH, e por um bom motivo. Escolher o tipo de escala certo faz toda a diferença no equilíbrio entre eficiência operacional e bem-estar da equipe.

Conhecer os modelos mais utilizados é essencial para avaliar qual se adapta melhor à realidade da sua operação:

  • Escala 5×2: cinco dias de trabalho por dois de descanso. É o padrão para a maioria das empresas em horário comercial.
  • Escala 6×1: seis dias de trabalho com um de folga. Muito comum no varejo e em áreas com alta demanda operacional.
  • Escala 12×36: doze horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso. Utilizada em hospitais, segurança e setores com trabalho contínuo.
  • Escala 4×2 ou 5×1: menos comuns, mas aplicadas em operações que exigem maior flexibilidade.

Segundo a pesquisa “Panorama da Jornada de Trabalho no Brasil” (Fundação Instituto de Administração – FIA, 2024), 72% das empresas ainda utilizam escalas tradicionais (5×2 ou 6×1), mesmo em setores que exigem mais flexibilidade.

O que é a escala 6×1 e por que ela exige atenção redobrada?

Na escala 6×1, o colaborador trabalha seis dias consecutivos e folga um. Esse modelo é permitido por lei, desde que a jornada diária não ultrapasse oito horas e que o descanso semanal remunerado seja respeitado. Porém, há pontos críticos a observar:

“Escalas longas e repetitivas, como a 6×1, exigem compensações inteligentes. O colaborador precisa ver valor no tempo de descanso e sentir equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Senão, o RH pagará a conta em forma de absenteísmo e turnover”, alerta Tiago Santos.

Além disso, é fundamental garantir que esse dia de folga não seja sempre o mesmo. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que o descanso deve coincidir com o domingo ao menos uma vez a cada sete semanas.

Veja o que considerar ao escolher a escala de trabalho ideal para sua equipe

A escolha da escala não deve se basear apenas na rotina da empresa. É preciso considerar variáveis estratégicas e humanas.

Avalie estes fatores antes de definir uma escala de trabalho

  • Demanda do negócio: quais horários realmente exigem cobertura?
  • Legislação trabalhista: sua escala respeita os limites diários, semanais e mensais?
  • Bem-estar do colaborador: há tempo suficiente para descanso e recuperação?
  • Gastos com horas extras: a escala reduz ou estimula o acúmulo de horas adicionais?
  • Ferramentas de controle: há tecnologia suficiente para garantir a conformidade?

Como evitar sobrecargas e garantir previsibilidade?

Evitar que um colaborador fique sobrecarregado ou que a equipe fique descoberta exige mais do que bom senso: requer planejamento. Um erro comum em muitas empresas é montar escalas de forma manual e informal, o que dificulta o controle e gera falhas.

Com a digitalização do RH, é possível automatizar a construção das escalas com base em critérios como jornada contratual, disponibilidade, férias, licenças e até dados históricos de produtividade.

“Plataformas de gestão oferecem hoje uma camada preditiva que o RH não tinha antes. Com elas, conseguimos montar escalas com base em dados reais de comportamento e não apenas na intuição”, destaca Tiago Santos.

Escalas de trabalho com jornada longa: o horário das 8h às 18h ainda é viável?

Apesar de ser amplamente usada no Brasil, a jornada das 8h às 18h (com 1h de intervalo) começa a perder força em empresas que buscam maior produtividade e flexibilidade. O modelo tradicional pode parecer justo à primeira vista, mas há riscos embutidos.

Especialistas alertam que a jornada estendida tende a provocar picos de cansaço mental no final do expediente, queda de concentração e mais erros operacionais. Segundo o relatório Workplace Wellbeing 2025 da Deloitte, 62% dos profissionais brasileiros relatam que se sentem mais produtivos em esquemas de jornada mais curtos ou flexíveis.

Tiago Santos reforça: “Empresas que flexibilizam o início e término da jornada, respeitando os limites legais, têm conseguido reduzir faltas, aumentar o engajamento e melhorar os índices de entrega.”

Veja como evitar falhas no controle da escala de trabalho

Mesmo com uma boa estrutura, é comum o RH enfrentar problemas como trocas não registradas, jornadas estouradas e colaboradores sem cobertura. Para minimizar esses riscos, é necessário adotar boas práticas. Observe a seguir:

Pontos-chave para manter o controle da escala de trabalho sempre atualizado

  • Crie um padrão visual e acessível da escala para todos os colaboradores.
  • Use ferramentas digitais que integrem folha, ponto e escalas.
  • Estabeleça regras claras para trocas, ausências e mudanças de turno.
  • Monitore os indicadores de horas extras e absenteísmo por equipe.
  • Realize auditorias periódicas no sistema de escalas e ponto.

Escala de trabalho e cultura organizacional: uma via de mão dupla

Muitas vezes esquecida, a escala de trabalho é um dos elementos que mais molda a cultura organizacional. Empresas com escalas rígidas, mal planejadas ou ineficientes tendem a enfrentar mais resistências internas e atrair menos talentos.

Adotar modelos flexíveis, híbridos ou personalizados pode ser o diferencial competitivo para reter colaboradores qualificados e engajar equipes. O importante é manter o equilíbrio entre performance e qualidade de vida.

“A escala de trabalho ideal não é a que atende apenas o negócio, mas aquela que também respeita o tempo do colaborador. Quando há essa sintonia, o engajamento cresce e os resultados aparecem”, confirma Tiago Santos.

Como a tecnologia ajuda a transformar a gestão das escalas

A transformação digital chegou também à gestão de escalas de trabalho. Hoje, é possível contar com plataformas especializadas que automatizam todo o processo, da definição da jornada à geração de relatórios para auditoria. Além de integrar folha, ponto e férias, essas soluções eliminam erros humanos e melhoram a transparência com os times.

O software de RH da Sesame é um exemplo prático e eficaz: com ele, o gestor pode criar escalas personalizadas, controlar as horas extras em tempo real, acompanhar licenças e folgas, e ainda visualizar alertas automáticos para evitar irregularidades.

Tudo em um único ambiente, acessível e intuitivo. Para equipes que precisam de agilidade, conformidade e previsibilidade, a ferramenta oferece teste grátis e funcionalidades completas para otimizar a gestão de jornada sem complicações.

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