Gestão de turnos

Como a redução de jornada de trabalho transforma as empresas

Entenda como a redução de jornada de trabalho está redefinindo a produtividade nas empresas e como a IA torna esse modelo mais eficiente.

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Lukas Letieres

HR Consultant

redução da jornada de trabalho

21 de outubro, 2025


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A redução de jornada de trabalho deixou de ser uma discussão teórica e passou a ocupar o centro das decisões estratégicas nas empresas brasileiras.

Diante de um mercado em transformação, com novas exigências legais, busca por produtividade sustentável e maior foco no bem-estar dos colaboradores, muitos gestores estão repensando como equilibrar resultados, custos e qualidade de vida dentro das organizações.

Essa mudança de mentalidade exige mais do que acordos formais: pede dados, previsibilidade e controle. E é justamente aí que entra o papel da tecnologia.

Um aplicativo de escalas de trabalho com recursos de automação e inteligência artificial permite visualizar a operação em tempo real, redistribuir turnos de forma inteligente e garantir conformidade com a legislação, mesmo em cenários de redução de jornada.

Mais do que uma tendência, trata-se de uma transformação estrutural no modo como as empresas operam, onde o RH deixa de ser apenas o executor das regras e passa a ser o arquiteto de um modelo de trabalho mais humano, eficiente e sustentável.

O que a CLT diz sobre a redução da carga horária de trabalho

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu artigo 58, estabelece que a jornada padrão no Brasil é de oito horas diárias e 44 horas semanais.

No entanto, a legislação permite a redução dessa jornada por meio de acordo individual, convenção coletiva ou decisão judicial, desde que a alteração não prejudique os direitos do trabalhador.

Na prática, essa possibilidade oferece às empresas uma oportunidade de adaptar o modelo de trabalho à sua realidade operacional, equilibrando produtividade e qualidade de vida.

O desafio está em garantir que essa redução seja feita de forma transparente, legal e sustentável, especialmente em um cenário de novas propostas, como a adoção da semana de quatro dias. As principais diretrizes legais sobre o tema incluem:

  • Acordos coletivos e individuais: a redução pode ser formalizada por negociação entre as partes, desde que não resulte em prejuízo direto ao trabalhador.
  • Flexibilização proporcional: é possível ajustar horas e remuneração de forma proporcional, conforme previsto no artigo 503 da CLT.
  • Autorização sindical: em alguns casos, a presença do sindicato é obrigatória, especialmente quando há mudanças significativas nas condições contratuais.
  • Limites constitucionais: qualquer modificação deve respeitar direitos fundamentais como descanso semanal e intervalos obrigatórios.
  • Controle de jornada: mesmo com jornada reduzida, a empresa deve manter registro preciso das horas trabalhadas e do tempo à disposição do empregador.

Segundo Tiago Santos, vice-presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame HR, o debate vai além da legislação:

“A legislação brasileira está evoluindo para modelos mais flexíveis, mas isso exige maturidade de gestão. Reduzir jornada não é apenas cortar horas, é redesenhar a operação com base em dados, tecnologia e previsibilidade. O risco não está na redução em si, e sim na falta de controle sobre ela.”

Essa análise reforça que o papel do RH moderno não é apenas cumprir normas, mas atuar como um agente estratégico, capaz de alinhar eficiência operacional e segurança jurídica por meio de soluções tecnológicas e gestão orientada por dados.

Como vai funcionar a redução da jornada de trabalho

Para gestores de RH e líderes de equipe de empresas em crescimento, a redução da jornada de trabalho não se resume a cortar horas do expediente. Trata-se de uma mudança estrutural, que exige planejamento detalhado, análise de custos, revisão de processos e integração tecnológica para que a operação continue eficiente e em conformidade com a lei.

Como explica Tiago Santos, vice-presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame HR:

“Para que a redução da jornada de trabalho seja sustentável, e não gere um passivo, é essencial que o RH tenha um panorama em tempo real da operação: quem trabalha quando, com que escala, qual é o custo do turno e como isso se conecta à folha e à produtividade.”

Esse novo panorama depende de três pilares que sustentam a implementação prática da redução de jornada:

1. Formalização do acordo

A redução da jornada precisa ser documentada de forma clara e formal. Isso pode ocorrer por meio de aditivo contratual ou convenção coletiva, dependendo do setor e da categoria profissional.

Nesse documento, devem constar a nova carga horária, os dias de trabalho e possíveis ajustes salariais ou de benefícios. Essa etapa é essencial para dar segurança jurídica e transparência a todo o processo.

2. Avaliação de impacto operacional

Antes de aplicar a mudança, é necessário compreender como ela afeta a cobertura de turnos, a produtividade e o atendimento ao cliente. Em setores que operam em regime 24 horas, como saúde, logística, segurança e serviços, cada hora retirada precisa ser compensada por redistribuição inteligente das equipes. Essa análise deve considerar custos, desempenho e bem-estar, evitando sobrecarga e lacunas na operação.

3. Suporte tecnológico e integração de dados

Nenhuma redução de jornada será realmente eficaz sem o apoio da tecnologia. Um aplicativo de escalas de trabalho permite mapear os turnos impactados, calcular o custo real de cada hora, redistribuir colaboradores e sincronizar automaticamente essas informações com o controle de ponto e a folha de pagamento. Sem essa integração, aumentam as chances de erro, perda de dados e passivos trabalhistas.

Mais do que uma exigência administrativa, a digitalização da gestão de jornada é o que garante que a redução de horas se traduza em ganhos reais de produtividade, equilíbrio e confiança entre empresa e colaboradores.

Foi aprovada a redução da jornada de trabalho no Brasil?

O debate sobre a redução da jornada de trabalho segue em destaque no Brasil e tem ganhado força entre empresas, sindicatos e formuladores de políticas públicas. Embora ainda não exista uma lei definitiva que reduza a jornada semanal de 44 para 36 horas, o tema já avança no Congresso Nacional e inspira mudanças práticas nas organizações.

Entre os projetos em tramitação, o que mais chamou atenção propõe a redução da carga horária sem diminuição de salário. A iniciativa já foi aprovada em comissões do Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados, refletindo uma tendência global de repensar o equilíbrio entre tempo de trabalho, produtividade e bem-estar.

Segundo Tiago Santos, a transformação já está em curso dentro das próprias empresas, independentemente da aprovação formal da lei:

“A discussão sobre jornada reduzida deixou de ser apenas uma questão legal. As organizações mais inovadoras já estão experimentando novos formatos, porque entenderam que produtividade não se mede apenas por horas, mas por resultados e engajamento.”

Diversas companhias brasileiras vêm testando modelos-piloto de redução de jornada – como a semana de quatro dias – com resultados positivos:

  • Aumento de produtividade e foco em metas de desempenho.
  • Redução de absenteísmo e rotatividade.
  • Maior satisfação e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Essas experiências indicam que o futuro do trabalho no Brasil será cada vez mais orientado por eficiência e flexibilidade.

Para o RH, o desafio é antecipar esse movimento, utilizando ferramentas digitais que garantam escalas equilibradas, controle preciso e conformidade com a legislação em constante evolução.

Foi aprovado trabalhar 4 dias por semana?

A semana de quatro dias de trabalho ainda não é uma realidade consolidada por lei no Brasil, mas o tema ganha cada vez mais espaço nas discussões sobre produtividade e qualidade de vida.

Diversas empresas, especialmente em setores de tecnologia, serviços e indústria leve, já testam o modelo com bons resultados, mesmo sem uma regulamentação oficial.

Os estudos mais recentes mostram que a redução de dias trabalhados não implica queda de desempenho. Pelo contrário: organizações que implementaram a jornada de quatro dias registraram aumento de foco, menor rotatividade e índices mais altos de satisfação entre os colaboradores.

Mas para que esse formato funcione de forma sustentável, é preciso mais do que boa vontade ou cultura flexível. A operação precisa ser precisa, automatizada e orientada por dados. É aqui que a Inteligência Artificial e a automação passam a desempenhar um papel determinante.

Com o apoio de sistemas inteligentes, o RH pode:

  • Analisar padrões de produtividade e redistribuir as horas de forma equilibrada entre equipes e turnos.
  • Automatizar o controle de ponto e a gestão de escalas, garantindo que o cumprimento da jornada reduzida ocorra sem desvios legais.
  • Antecipar demandas operacionais e simular cenários de cobertura antes de aplicar o novo modelo.
  • Monitorar custos por turno e indicadores de desempenho, ajustando a carga de trabalho conforme resultados reais.

De acordo com Tiago, a semana de quatro dias só é viável quando a empresa tem visibilidade total sobre o tempo e a produtividade.:

“A IA e a automação permitem que o RH atue com precisão cirúrgica, redistribuindo recursos, equilibrando cargas e garantindo que o tempo livre se traduza em eficiência e não em gargalos.”

Mais do que uma tendência global, o trabalho em quatro dias representa uma nova lógica de gestão. O sucesso não depende apenas de leis ou acordos, mas da capacidade da empresa de usar tecnologia para transformar horas em resultados.

Vantagens estratégicas da redução de jornada para organizações em crescimento

A redução da jornada de trabalho tem se mostrado muito mais do que uma medida de bem-estar. Quando bem planejada, ela se transforma em uma estratégia de performance, capaz de alinhar eficiência operacional, engajamento e sustentabilidade do negócio.

Empresas que adotam modelos de jornada reduzida relatam ganhos mensuráveis em produtividade e clima organizacional. A diferença está no modo como a mudança é implementada, e, principalmente, em como o RH utiliza dados e tecnologia para monitorar os resultados e antecipar ajustes.

Entre as principais vantagens observadas em organizações que adotaram jornadas mais curtas estão:

  • Aumento da produtividade por hora trabalhada. Com o tempo de expediente mais concentrado, as equipes tendem a ser mais objetivas e a reduzir o desperdício de tempo em tarefas de baixo impacto.
  • Maior engajamento e satisfação dos colaboradores. Jornadas equilibradas elevam o senso de propósito e reduzem o absenteísmo, refletindo diretamente na qualidade do trabalho.
  • Redução de custos operacionais e retrabalho. Processos otimizados, apoiados por automação, diminuem o tempo gasto em controle manual e correção de erros.
  • Fortalecimento da marca empregadora. Empresas que inovam na jornada de trabalho se destacam no mercado, atraindo e retendo talentos de alto desempenho.
  • Conformidade e previsibilidade financeira. Ferramentas digitais permitem monitorar o cumprimento da legislação e o impacto das horas na folha de pagamento, evitando passivos e desvios.

Nesse contexto, a Inteligência Artificial e a automação passam a ser elementos-chave para garantir que os ganhos se mantenham ao longo do tempo. Com essas tecnologias, o RH pode:

  • Detectar padrões de produtividade e adaptar escalas conforme o comportamento real das equipes.
  • Automatizar o cálculo de custos e folgas, integrando os dados diretamente à folha.
  • Gerar relatórios de desempenho que conectam horas trabalhadas, metas atingidas e resultados financeiros.

“A redução de jornada só entrega resultados quando há governança sobre os dados. Com IA e automação, o RH passa a ter visibilidade total da operação, consegue ajustar turnos, prever demandas e transformar eficiência em cultura”, ressalta o profissional.

Esses avanços demonstram que a redução de jornada não é apenas uma tendência, mas um passo natural na evolução da gestão moderna. Com o suporte da tecnologia, ela deixa de ser um risco e se torna uma vantagem competitiva real para empresas que desejam crescer com inteligência e sustentabilidade.

Como a Sesame HR transforma a gestão de jornada e escalas de trabalho

Em um cenário em que a flexibilidade se tornou parte da estratégia corporativa e a produtividade é medida por resultados, a tecnologia deixou de ser apoio e passou a ser o centro da operação. Reduzir a jornada de trabalho exige controle, previsibilidade e integração — três pilares que só são possíveis com o suporte de soluções digitais avançadas.

É nesse contexto que a Sesame HR se destaca. A plataforma reúne, em um único ambiente, todos os processos essenciais para o RH moderno: do planejamento de turnos à gestão de férias, controle de ponto, ausências e desempenho. O módulo de Gestão de Turnos com IA e automação foi desenvolvido para oferecer eficiência e segurança jurídica em qualquer formato de jornada.

Com ele, o RH pode:

  • Criar e ajustar escalas em minutos, equilibrando automaticamente jornadas e folgas.
  • Importar planilhas antigas e transformá-las em escalas digitais inteligentes.
  • Controlar custos por turno e por colaborador, com relatórios automáticos e integração à folha.
  • Comunicar colaboradores sobre convocações e trocas de plantão em tempo real.
  • Garantir conformidade com a legislação trabalhista, reduzindo riscos e inconsistências.

A Sesame HR vai além da gestão de escalas, reunindo outras funcionalidades essenciais em um único ambiente:

Ao centralizar todas essas informações em um ecossistema único, a Sesame HR simplifica a rotina do RH e transforma o controle de jornada em uma ferramenta estratégica de gestão.

A automação substitui planilhas, a IA antecipa demandas e a equipe de pessoas passa a atuar com dados confiáveis e decisões inteligentes.

Experimente gratuitamente a Sesame HR e descubra como a tecnologia pode revolucionar o controle de jornada e escalas na sua empresa.

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