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Advertência no trabalho: o que é, quando aplicar e como proceder

Aplicar ou receber uma advertência no trabalho não é fácil, mas com os passos certos, o processo pode ser respeitoso e eficaz.

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Lukas Letieres

HR Consultant

advertência no trabalho

26 de maio, 2025


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Dar uma advertência no trabalho nunca é fácil. Para quem aplica, é desconfortável. Para quem recebe, pode ser constrangedor. Ainda assim, por mais delicada que seja, essa prática é essencial para manter o bom funcionamento da equipe e preservar a cultura organizacional. Ignorar comportamentos inadequados pode custar muito mais caro do que enfrentá-los com firmeza e clareza.

A verdade é que, sem mecanismos de escuta ativa e canais formais de comunicação, como um canal de denúncias para empresas, o RH acaba tendo que agir no escuro. E quando isso acontece, é comum que advertências sejam mal conduzidas, seja por excesso de rigidez, seja por insegurança.

Neste artigo, você vai entender como transformar esse recurso em uma ferramenta de gestão consciente, alinhada com a legislação e com os valores da sua empresa. Tudo isso sem abrir mão da empatia, da transparência e do respeito mútuo.

O que é advertência no trabalho?

A advertência no trabalho é uma medida disciplinar formal utilizada pelas empresas para corrigir comportamentos inadequados por parte de um colaborador. Ela tem como objetivo principal alertar o profissional sobre uma conduta que fere as normas da organização, dando a ele a oportunidade de ajustar seu comportamento antes que medidas mais severas sejam aplicadas.

Essa ferramenta, prevista na legislação trabalhista, não deve ser encarada como punição, mas sim como parte de um processo educativo e de reforço à cultura organizacional. Advertir é comunicar com clareza que algo não está alinhado com os valores, as políticas internas ou as expectativas da empresa.

Existem diferentes tipos de advertência: verbal, escrita e até mesmo aquelas que antecedem uma suspensão. Cada uma delas possui um grau de formalidade e deve ser aplicada de acordo com a gravidade da situação, sempre com documentação apropriada e respaldo das lideranças e do RH.

Mais do que manter a ordem, a advertência, quando bem aplicada, contribui para um ambiente mais transparente, justo e profissional. E o primeiro passo para usá-la corretamente é entender que ela não é um ato isolado, mas parte de uma estratégia de gestão de pessoas responsável e bem estruturada.

Quando aplicar uma advertência no trabalho?

Aplicar uma advertência no trabalho exige bom senso, critério e, principalmente, conhecimento das regras internas da empresa e da legislação trabalhista. Não se trata de reagir por impulso diante de um erro pontual, mas de agir de forma proporcional, coerente e educativa.

Veja algumas situações em que a advertência costuma ser cabível:

  • Atrasos recorrentes sem justificativa válida;
  • Faltas injustificadas ou abandono de posto;
  • Descumprimento de normas internas, como uso indevido de equipamentos ou acesso a áreas restritas;
  • Desrespeito a colegas ou lideranças, como comportamentos agressivos ou assédio moral leve;
  • Uso inadequado de e-mails ou redes sociais corporativas;
  • Negligência nas tarefas que comprometa a produtividade ou a segurança.

É importante lembrar que a advertência deve ser proporcional à gravidade do ato e que, sempre que possível, o colaborador deve ter a chance de explicar sua versão dos fatos antes da aplicação da medida.

Além disso, manter um histórico de ocorrências e seguir um processo claro (verbal → escrita → suspensão) ajuda o RH a demonstrar transparência e imparcialidade, evitando interpretações equivocadas ou conflitos internos.

Como aplicar uma advertência de forma correta

Aplicar uma advertência no trabalho não é apenas preencher um documento e colher uma assinatura. É um processo que exige clareza, preparo e empatia. Quando conduzido de forma adequada, ele evita ruídos, protege a empresa juridicamente e ainda fortalece a cultura de responsabilidade.

Veja o passo a passo para aplicar uma advertência com segurança e profissionalismo:

1. Tenha uma política interna clara

Antes de tudo, as regras precisam estar documentadas e acessíveis. O colaborador só pode ser advertido por algo que já tenha sido previamente comunicado, seja por meio do código de conduta, do regulamento interno ou em treinamentos.

2. Investigue os fatos com imparcialidade

Nunca aplique uma advertência com base em achismos ou boatos. Ouça as partes envolvidas, consulte registros (como controle de ponto, e-mails ou testemunhas) e certifique-se de que há fundamento real para a medida.

3. Escolha o tipo de advertência adequado

  • Verbal: para casos leves e primeiras ocorrências.
  • Escrita: quando há reincidência ou gravidade moderada.
  • Suspensão: se houver insistência no comportamento, após advertências anteriores.

4. Seja direto, respeitoso e objetivo

Evite sermões longos ou tons acusatórios. A conversa deve ser pontual e focada no comportamento, não na pessoa. Explique o ocorrido, a regra violada e o impacto gerado. Em seguida, oriente sobre o comportamento esperado.

5. Documente tudo com clareza

A advertência escrita deve conter: data, nome completo do colaborador, descrição do ocorrido, norma violada, medidas anteriores (se houver) e espaço para assinatura. Caso o colaborador se recuse a assinar, registre o fato com duas testemunhas.

6. Acompanhe a evolução após a advertência

Advertir é o começo de um processo de correção. Portanto, acompanhe o comportamento do colaborador nas semanas seguintes e, sempre que possível, reconheça melhorias. Isso ajuda a transformar a advertência em uma oportunidade de crescimento.

Agora que você já entendeu o que é uma advertência no trabalho, quando aplicá-la e como conduzir o processo de forma justa e profissional, fica claro que esse tipo de medida exige cuidado, preparo e documentação adequada. Evitar erros comuns e agir com coerência são atitudes que protegem tanto a empresa quanto os colaboradores, além de fortalecerem a cultura organizacional.

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Sales Engineer at Sesame RH | + posts

Tenho mais de 12 anos de experiência em Recursos Humanos. Sou orientada para o cliente interno e externo, especializada na definição e implementação de políticas de RH e na gestão de pessoas, seleção e retenção de talentos.


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