Cálculo do ROI: aprenda a medir o retorno dos investimentos

6 de junho, 2025

O cálculo do ROI nunca foi apenas uma conta. Para um gestor de RH, ele é o escudo e a espada: defende o orçamento e justifica cada decisão. Porque, no fundo, você sabe que, por mais que a iniciativa seja humana, se ela não se traduz em números, ela perde força na sala de reunião.

Você propõe um novo processo de onboarding, quer implementar um software para automatizar escalas ou lidera uma campanha de clima. A resposta imediata é sobre qual é o retorno.

É nesse ponto que dominar o cálculo do ROI muda o jogo. E é aqui que o People Analytics se torna um aliado estratégico. Não se trata apenas de ser mais analítico. Trata-se de garantir que o RH pare de pedir licença para inovar e comece a provar, com dados concretos, que investir em pessoas é, sim, um ótimo negócio.

Neste artigo, você vai aprender como medir com precisão o retorno dos seus projetos. E mais: como transformar dados soltos em argumentos sólidos que posicionam o RH como protagonista da estratégia, com resultado, com voz e com lugar garantido na tomada de decisão.

Como fazer o cálculo do ROI?

Quando se fala em cálculo do ROI, fórmulas não faltam. O que realmente importa, porém, é ter clareza para aplicar esse cálculo no contexto real do RH, com dados confiáveis e metas bem definidas.

Para Cristina Martín, Diretora de Recursos Humanos da Sesame, o ROI não é só um número, mas é uma ferramenta que respalda decisões estratégicas:

“Com os dados em mãos podemos aprovar ou travar um orçamento, escalar ou encerrar uma ação, ganhar relevância ou perder influência dentro da empresa. Quando o RH prova retorno, ele deixa de pedir autorização e passa a liderar a estratégia. E o ROI é justamente o começo dessa virada de chave,”afirma a profissional.

na teoria, o cálculo do ROI é simples. Observe a fórmula:

ROI = (Retorno – Investimento) / Investimento × 100

O desafio está em preencher essa fórmula com dados concretos de projetos que nem sempre têm métricas óbvias. Veja um exemplo prático:

Você implementou um novo processo de onboarding digital para reduzir a rotatividade de novos colaboradores.

Investimento total: R$ 12.000 (plataforma, materiais, horas de RH).
Economia estimada: R$ 24.000 em redução de turnover e horas extras nos três meses seguintes.

ROI = (24.000 – 12.000) / 12.000 × 100 = 100%

Esse retorno de 100% mostra que cada real investido dobrou em valor para a empresa, e você pode defender essa iniciativa com dados, não só boas intenções.

E se quiser agilizar esse cálculo, você pode usar nossa calculadora de ROI gratuita para RH. Basta preencher os campos e visualizar o retorno direto das suas ações.

Agora, você vai aprender o que precisa ser considerado antes de aplicar essa fórmula e como interpretar os resultados para tomar decisões melhores. Continue com a leitura.

Cálculo do ROI: o que considerar antes de aplicar a fórmula

Antes de correr para a planilha, um gestor de RH precisa entender que o cálculo do ROI só faz sentido quando se parte das perguntas certas. E a primeira delas é: o que exatamente estou tentando medir?

Cristina Martín, Diretora de Recursos Humanos, explica que um erro comum no RH é calcular o ROI com base apenas em custos diretos, ignorando o contexto e os efeitos secundários das ações:

“Projetos de RH lidam com variáveis mais sutis do que uma campanha de vendas. Ações como onboarding, clima organizacional ou comunicação interna geram impactos que muitas vezes se manifestam ao longo do tempo. Por isso, tentar medir retorno imediato sem um bom planejamento de métricas pode distorcer os resultados e até invalidar decisões importantes. Se você investe em um bom programa de integração, os ganhos vão além da redução do turnover: há melhora no engajamento, na curva de aprendizagem e até na imagem da empresa como marca empregadora”, explica ela.

Para garantir um cálculo preciso e útil, leve em consideração:

Objetivos claros e alinhados com metas estratégicas da empresa (ex: melhorar retenção de novos talentos, reduzir horas extras, acelerar o tempo até a produtividade).
Período de análise realista, de acordo com o tipo de ação (ações culturais precisam de mais tempo para mostrar resultado).
Fontes confiáveis de dados, como plataformas de controle de ponto, clima e desempenho, e não só percepções subjetivas.
Custos ocultos e indiretos, como horas da equipe, ferramentas usadas e impacto em outras áreas.

Mais do que aplicar uma fórmula, o ROI no RH exige leitura crítica e visão sistêmica. Quando bem estruturado, ele vira mais que um indicador, vira argumento de liderança.

Cálculo do ROI: como interpretar os resultados e tomar decisões melhores

Calcular o ROI é apenas metade do caminho. A outra metade, e talvez a mais decisiva, é saber o que fazer com o número que aparece na planilha. Um ROI alto pode indicar eficiência, mas também esconder gargalos não percebidos. Um ROI baixo nem sempre é sinal de fracasso, pode ser alerta de timing, escopo mal definido ou metas desalinhadas.

Cristina Martín reforça que o papel estratégico do RH começa justamente nesse momento de interpretação:

“O ROI não serve apenas para provar que algo funcionou. Ele serve para ajustar a rota, defender decisões com segurança e mostrar que o RH opera com visão de negócio.”

A seguir, veja como transformar o número em decisões inteligentes e como posicionar suas iniciativas com mais força e embasamento.

Identifique padrões e trace comparações

Um único ROI isolado pouco diz. O valor real está em comparar campanhas semelhantes, épocas distintas ou unidades diferentes da empresa. Ao observar padrões, você começa a enxergar o que está funcionando de forma consistente, e onde há espaço para melhoria.

Exemplo prático:
Se ações de onboarding remoto têm ROI consistentemente mais alto do que presenciais, talvez seja hora de rever o modelo adotado, os custos logísticos e o formato de integração.

Analise o ROI junto de outras métricas-chave

O ROI é poderoso, mas não vive sozinho. Decisões maduras de RH combinam o retorno com dados de engajamento, retenção, feedbacks qualitativos e performance. Isso ajuda a interpretar nuances que o número seco não mostra.

Use o ROI como bússola, mas valide com indicadores como:

Taxa de retenção após 3 e 6 meses;
NPS interno pós-onboarding ou campanhas de clima;
Evolução de produtividade em equipes-alvo;
Redução de erros, horas extras ou conflitos internos.

Contextualize os resultados para o board

Não apresente o ROI como fim. Apresente como ponte para a próxima decisão. Para isso, é essencial contextualizar: por que esse retorno importa, o que ele revela e como ele apoia as metas maiores da empresa.

Evite jargões técnicos e mostre a conexão entre o que o RH propõe e os ganhos para o negócio, seja redução de custos, retenção de talentos ou mais eficiência.

Não reaja ao número. Aprenda com ele.

Por fim, o ROI precisa ser interpretado com inteligência emocional e visão de longo prazo. Uma ação com ROI baixo pode ter preparado o terreno para uma evolução futura. Uma campanha com ROI alto pode não ser sustentável.

A boa leitura do ROI inclui:

Entender o que gerou o resultado e o que pode ser replicado ou corrigido;
Trazer o aprendizado para o planejamento de novas ações,
Mostrar que o RH está aprendendo, ajustando e evoluindo com base em dados.

Como um software de RH pode facilitar o cálculo do ROI (e aumentar o retorno)

Fazer o cálculo do ROI manualmente é possível — mas exige tempo, organização de dados e consistência no acompanhamento. E, convenhamos, no dia a dia acelerado de um gestor de RH, essas tarefas nem sempre cabem na rotina.

É aí que entra o valor real de um software de RH completo, como a Sesame. Com ele, você automatiza etapas fundamentais para calcular o ROI com precisão e agilidade:

Centraliza informações de controle de ponto, férias, ausências e produtividade em um único lugar;
Gera relatórios prontos com indicadores estratégicos, como rotatividade, horas extras e absenteísmo;
Acompanha a evolução de cada projeto de forma contínua, não só no “antes e depois”;
Permite cruzar dados e identificar relações diretas entre ações e resultados reais.

Na prática, isso significa tomar decisões baseadas em fatos, não em suposições. Mostrar ao board, com gráficos e indicadores, que aquele projeto de clima rendeu retorno. Que aquele onboarding digital reduziu o tempo até a produtividade. Que investir em tecnologia para o RH traz mais que controle, traz rentabilidade.

E o melhor: você pode testar tudo isso na prática.

A Sesame oferece teste gratuito, sem compromisso, para você experimentar como a automação transforma não só o cálculo do ROI, mas o impacto do RH como um todo.

Teste agora e veja como dados bem organizados ajudam você a defender, escalar e evoluir seus projetos com mais segurança.

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Tiago Santos

VP of Community and Growth at Sesame RH | + posts

Profissional experiente de RH dedicado a promover comunidades colaborativas fortes de líderes de RH. Como fundador do RH Club e da HR Community, uso meus mais de 15 anos de experiência para melhorar as perspectivas de carreira dos líderes de RH.