Controle de ponto

Horário flexível: descubra os benefícios da flexibilidade horária no trabalho

Conheça os benefícios do horário flexível e veja como ele pode melhorar a qualidade de vida e a produtividade de seus funcionários.

Precisa de ajuda?

Lukas Letieres

HR Consultant

horário flexível

15 de abril, 2025

O horário flexível se tornou um benefício que várias empresas passaram a oferecer para atrair talentos e evitar a rotatividade. E não é difícil entender o motivo. Basta checar as notícias relacionadas ao assunto para descobrir diversos estudos que defendem que a flexibilidade impacta diretamente na produtividade, no bem-estar e na saúde.

Foi o que mostrou, por exemplo, um estudo feito pela Harvard Business School. Os pesquisadores notaram uma melhora no equilíbrio entre vida pessoal e profissional, menores níveis de estresse, aumento de produtividade e até mesmo redução no risco de doenças cardiovasculares entre os funcionários.

Mas para que o modelo funcione de forma eficiente e sem abrir margem para confusões sobre carga horária ou o comprometimento da gestão, é fundamental contar com um bom sistema de controle de ponto.

Com ele, será possível garantir o registro de ponto por WhatsApp, ou por um software de RH. Significa entregar aos colaboradores a facilidade de bater o ponto do local em que eles estiverem, principalmente quando a flexibilidade horária está atrelada ao home office.

O que é horário flexível?

O horário flexível é um sistema que dá mais autonomia aos funcionários, permitindo que eles determinem seus horários de entrada e saída do trabalho.

As regras podem variar, como você verá a seguir, mas é primordial que o funcionário esteja disponível nos períodos de maior demanda e nas reuniões agendadas.

Quais são os tipos de horário flexível?

Existem diferentes formas de aplicar a jornada flexível, e cada modelo pode se adaptar melhor a determinados cargos, setores ou estratégias de gestão. Abaixo, listamos os principais tipos de horário flexível que sua empresa pode adotar:

Horário móvel ou faixa de horário

O colaborador pode escolher a hora de entrada e saída numa janela pré-definida, como, por exemplo, entre 7h e 8h. É uma boa opção para promover autonomia sem perder o controle.

Semana comprimida

Esse modelo também é chamado de jornada comprimida e permite distribuir a carga semanal em menos dias. A pessoa pode, por exemplo, trabalhar 10 horas por dia durante 4 dias e folgar na sexta. É ideal para quem busca mais tempo livre sem reduzir a produtividade.

Banco de horas

Funciona como uma espécie de poupança de horas trabalhadas. O funcionário pode acumular horas extras e depois utilizá-las como folgas, garantindo flexibilidade com respaldo legal, desde que previsto em acordo.

Turnos flexíveis ou escalonados

Esse modelo permite que equipes trabalhem em horários diferentes, conforme suas rotinas ou demandas específicas. É comum em setores operacionais, com escalas alternadas, mas também pode ser aplicado em escritórios.

Jornada por produtividade ou entrega

Neste modelo, o mais importante são os resultados e não exatamente o horário em si. Aqui, os colaboradores têm liberdade total para definir quando trabalhar, desde que cumpram metas e entregas. É comum em ambientes criativos, startups ou equipes remotas.

Jornada parcial com horário negociável

O colaborador trabalha menos horas por dia, mas tem flexibilidade para escolher o período do expediente. É ideal para quem tem outras atividades, como estudos ou cuidados familiares.

Flexibilidade total

O profissional tem total liberdade de horário e local e pode trabalhar de casa, de manhã ou à noite, conforme o que for mais produtivo. Esse modelo exige alto grau de responsabilidade e disciplina e um bom sistema de controle de ponto.

O que a lei diz sobre o horário flexível?

No caso da legislação brasileira, não há uma menção exata do termo “jornada flexível”, mas a CLT permite diferentes formas de organização da jornada.

Porém, isso só é válido se forem respeitados os limites legais de carga horária e as condições acordadas entre empresa e colaborador.

Segundo o Art. 58 da CLT, a jornada normal de trabalho é de até 8 horas diárias, totalizando 44 horas semanais. A exceção é se houver convenção coletiva ou um contrato que estabeleça outro limite.

Significa dizer que a flexibilidade de horários é possível, desde que o funcionário cumpra a carga horária combinada.

Além disso, o Art. 59 da CLT permite a realização de até 2 horas extras por dia, mediante acordo individual ou coletivo. Ou seja, mesmo com flexibilidade, é fundamental haver controle sobre a jornada, para garantir conformidade legal e transparência.

Como não há uma regulamentação específica para o horário flexível, é essencial formalizar o modelo por meio de contrato. Isso evita interpretações equivocadas e protege tanto a empresa quanto o colaborador em caso de divergências.

Como aplicar a jornada flexível na empresa?

Se a ideia é absorver todos os benefícios desse modelo de trabalho para dar um up no time, o indicado é seguir alguns passos. Veja abaixo o guia de implantação da jornada flexível:

1. Avalie a viabilidade do modelo

  • Analise as características do seu setor e cargos: nem todas as funções permitem flexibilidade total.
  • Considere fatores como atendimento ao público, turnos fixos ou uso de equipamentos presenciais.
  • Avalie se os resultados das equipes podem ser medidos por entrega, e não apenas por presença.

2. Formalize as regras em contrato ou acordo

  • Estabeleça um termo de acordo individual ou coletivo, mesmo que seja simples.
  • Defina claramente as regras de entrada e saída, carga horária e como será feito o controle de ponto.
  • Se houver banco de horas, especifique a forma de compensação.

3. Escolha o modelo de jornada flexível

Como foi mostrado anteriormente neste artigo, existem vários modelos de jornada para você escolher o que melhor se encaixa na rotina da sua empresa.

4. Implante um sistema de controle de ponto confiável

Este é um ponto muito importante para garantir que a jornada flexível tenha sucesso. Lembre-se de que, se a ideia é oferecer versatilidade e mobilidade no ambiente de trabalho, é preciso oferecer aos colaboradores ferramentas seguras para o registro da entrada, saídas e pausas.

5. Treine a equipe e alinhe expectativas

  • Comunique claramente os objetivos da jornada flexível e os limites dela.
  • Oriente as lideranças sobre como acompanhar desempenho com base em entregas, não só em horas.
  • Mantenha um canal aberto para dúvidas e ajustes.

6. Monitore resultados e faça ajustes contínuos

  • Acompanhe indicadores como produtividade, satisfação da equipe e cumprimento de prazos.
  • Recolha feedback regularmente para entender o que está funcionando ou precisa mudar.
  • Ajuste o modelo conforme as necessidades da equipe e da empresa.

Seguir esse caminho é essencial para que a jornada flexível funcione de forma eficiente e estratégica na sua empresa. A flexibilidade, quando bem estruturada, contribui para modernizar a gestão, aumentar a produtividade e melhorar a experiência dos colaboradores.

Por isso, o RH precisa estar alinhado com essa transformação, adotando ferramentas que tornem os processos mais ágeis e precisos. Automatizar o controle de jornada, por exemplo, é um passo importante para garantir conformidade e eficiência.

Alguns softwares de RH como o Sesame, oferecem versões gratuitas por alguns dias, mediante cadastro. Aproveite esse tipo de teste para entender como a sua empresa pode se beneficiar da tecnologia e dar um salto na gestão de pessoas!

Quer avaliar nosso artigo?

Avaliação média:
5 estrelas (70 votos)
Diretor de Recursos Humanos at Sesame RH | Website | + posts

Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos, como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gerenciamento de pessoal.