Salários e remunerações
Como calcular o quinquênio dos colaboradores e evitar erros na folha
Saiba quem tem direito ao quinquênio, como calcular o valor corretamente e como evitar erros na folha de pagamento.
Salários e remunerações
Saiba quem tem direito ao quinquênio, como calcular o valor corretamente e como evitar erros na folha de pagamento.
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Lukas Letieres
HR Consultant
2 de junho, 2025
Você já se perguntou como calcular o quinquênio de forma simples, precisa e sem depender de planilhas manuais cheias de fórmulas obscuras? Se a resposta for sim, você não está sozinho.
Muitos gestores de RH enfrentam essa dúvida diariamente, principalmente quando precisam lidar com diferentes convenções coletivas e regras internas que mudam de uma empresa para outra. Calcular o quinquênio corretamente vai muito além de números. Envolve reconhecimento, justiça e, acima de tudo, responsabilidade com a equipe.
Para garantir que esse reconhecimento seja aplicado com segurança e reflita corretamente na folha, muitos profissionais já utilizam a funcionalidade de incidentes na folha de pagamento. Essa ferramenta permite registrar aumentos por tempo de serviço, retroativos e demais eventos salariais com total rastreabilidade, assegurando consistência entre o cálculo e o que aparece no contracheque.
É por isso que entender o cálculo do quinquênio é tão essencial quanto garantir que ele esteja corretamente aplicado e documentado mês a mês. Neste artigo, você vai aprender tudo o que precisa para fazer esse cálculo com segurança e evitar inconsistências. Também vai descobrir como um bom software de RH pode ser seu aliado para automatizar esse processo e fortalecer a confiança entre o time e a gestão.
O quinquênio é um adicional salarial concedido ao colaborador a cada cinco anos de serviço prestado a uma mesma empresa ou órgão. Na prática, funciona como uma forma de reconhecer e valorizar o tempo de casa, reforçando o vínculo entre empresa e profissional.
Esse benefício é especialmente comum no setor público, mas também pode estar previsto em convenções coletivas ou políticas internas de empresas privadas.
A lógica é simples: quanto mais tempo o colaborador permanece na organização, maior o incentivo financeiro. Normalmente, o valor do quinquênio é calculado como um percentual sobre o salário base, aplicado progressivamente a cada ciclo de cinco anos completos.
Em algumas situações, pode chegar a até 20% do salário, dependendo da categoria e do número de quinquênios acumulados.
Não, o direito ao quinquênio não está previsto como uma obrigação na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Significa dizer que a implementá-lo ou não depende de acordos sindicais, ou decisões estratégicas da empresa. Por isso, o RH precisa estar atento aos termos da convenção coletiva vigente e às políticas internas da organização antes de considerar esse adicional no cálculo da folha.
Saber quem tem direito ao quinquênio e em quais condições é o primeiro passo para evitar falhas e garantir que o benefício seja aplicado de forma justa e transparente. E, claro, sem abrir margem para questionamentos trabalhistas ou distorções salariais dentro do time.
Calcular o quinquênio é fácil, mas o processo exige atenção a três pontos fundamentais: tempo de serviço, base de cálculo e percentual definido por convenção ou política interna.
Observe a fórmula:
Valor do quinquênio = Salário base × Percentual do quinquênio
Em geral, o percentual definido é de 5% a cada cinco anos completos de empresa. Ou seja, ao completar cinco anos, o colaborador recebe um adicional de 5% sobre o salário base. Aos dez anos, esse percentual sobe para 10%, e assim por diante, respeitando os limites previstos pelo sindicato ou pela política interna da empresa.
Imagine um colaborador com salário base de R$ 3.000,00 que acaba de completar 10 anos de empresa. Supondo um quinquênio de 5% por ciclo de cinco anos, o cálculo seria:
Nesse caso, o colaborador passaria a receber R$ 3.300,00 de salário bruto.
Lembre-se de que o quinquênio não incide sobre adicionais como horas extras ou comissões, a não ser que haja disposição específica na convenção coletiva. O ideal é aplicar sempre sobre o salário base, conforme acordado entre a empresa e o sindicato da categoria.
Manter esse cálculo correto e atualizado ajuda a evitar distorções salariais internas e assegura que todos os colaboradores elegíveis estejam recebendo o benefício de forma justa e padronizada.
Saber calcular o quinquênio é importante. Mas antes disso, o RH precisa ter certeza de quantos quinquênios cada colaborador tem direito a receber. E essa resposta está nos dados. Por isso éimportante checar o histórico de admissão, a evolução salarial e a folha de pagamento.
O primeiro passo é verificar a data de admissão do colaborador. A cada cinco anos completos de vínculo, conta-se um novo quinquênio.
Por isso, é essencial que o banco de dados dos funcionários esteja atualizado e sem divergências de datas, já que um erro aqui pode levar ao pagamento incorreto ou até à perda do direito. De maneira geral, confira:
Se o controle ainda for manual, é essencial manter registros organizados e atualizados mês a mês. Se já houver um sistema de gestão de pessoas em uso, vale checar se ele oferece algum tipo de alerta automático ou relatório de tempo de casa para apoiar o controle de quinquênios.
Depois de calcular o valor bruto do quinquênio, o próximo passo é entender como esse adicional afeta o salário líquido do colaborador. E aqui é onde muita gente tem dúvidas, principalmente na hora de aplicar descontos obrigatórios como INSS e IRRF.
O quinquênio é considerado verba remuneratória, ou seja, ele integra o salário para todos os efeitos legais. Isso significa que ele entra na base de cálculo dos encargos e descontos trabalhistas, influenciando diretamente no valor que o colaborador recebe no final do mês.
Agora, ao aplicar os descontos, os valores ficarão:
O salário líquido será o valor bruto (R$ 3.300,00), menos os descontos obrigatórios. Como o quinquênio aumenta a base de cálculo, o colaborador recebe mais, mas também paga mais impostos, algo que o RH deve explicar com clareza para evitar mal-entendidos.
Porque um erro aqui afeta tanto o colaborador quanto os relatórios contábeis. Além disso, o quinquênio também impacta o cálculo de férias, 13º salário, FGTS e verbas rescisórias, o que exige atenção redobrada do RH.
Automatizar esse processo é uma das formas mais eficazes de garantir que o adicional seja corretamente integrado ao salário líquido, sem deixar brechas para falhas humanas ou interpretações erradas das regras fiscais.
Calcular o quinquênio corretamente exige atenção a muitos detalhes: datas de admissão, evolução salarial, convenções coletivas, incidência sobre encargos e integração com a folha. Quando o processo é manual, qualquer erro de digitação, atraso de atualização ou interpretação equivocada pode gerar distorções graves, tanto para o colaborador quanto para a empresa.
E é exatamente aí que um software de RH se torna um aliado indispensável. Com um sistema bem configurado, o cálculo do quinquênio deixa de ser uma operação frágil e vira parte de um processo automático, transparente e auditável.
Atualmente, existem algumas plataformas disponíveis no mercado brasileiro. Entre as mais completas e robustas, está a Sesame. Com ela é possível:
Ao contar com uma plataforma especializada, o RH ganha mais controle, reduz riscos de incidentes na folha de pagamento e ainda melhora a experiência do colaborador, que passa a receber seus adicionais de forma clara, justa e previsível.
No caso da Sesame, a plataforma tudo-em-um, centraliza a gestão de pessoas em um só lugar, desde o controle de ponto digital à gestão de documentos, passando por férias, sistema de avaliação de desempenho e muito mais.
Com funcionalidades intuitivas e 100% digitais, a plataforma ajuda a economizar tempo, reduzir erros e oferecer uma experiência mais ágil e profissional aos colaboradores.
A boa notícia é que a plataforma oferece versão de teste gratuito. É uma oportunidade de descobrir como transformar a rotina do seu RH com eficiência e segurança.
Sou um profissional de Recursos Humanos que se destaca em administração de folha de pagamento, gerenciamento de relações trabalhistas e consultoria trabalhista. Minha formação acadêmica em direito trabalhista e recursos humanos me permitiu desenvolver uma compreensão completa da dinâmica trabalhista e da gestão de pessoal.