Salários e remunerações
Como calcular o percentual de aumento e manter a equidade salarial no time
Aprenda a calcular o percentual de aumento, aplicar reajustes salariais corretamente e manter a equidade entre cargos na sua estrutura de RH.
Salários e remunerações
Aprenda a calcular o percentual de aumento, aplicar reajustes salariais corretamente e manter a equidade entre cargos na sua estrutura de RH.
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Lukas Letieres
HR Consultant
2 de junho, 2025
Calcular o percentual de aumento com justiça e clareza é uma das responsabilidades mais sensíveis da área de Recursos Humanos. Muito além da matemática, esse processo envolve equilíbrio, percepção e gestão de expectativas.
Quando o reajuste é bem calculado, fortalece o vínculo entre empresa e colaborador. Quando há distorções, mesmo pequenas, o impacto aparece em forma de comparações internas, desmotivação e perda de confiança na liderança.
Para garantir que os ajustes sejam bem aplicados, registrados e refletidos corretamente na folha, muitos profissionais contam com a funcionalidade de incidentes na folha de pagamento. Ela permite acompanhar alterações salariais, bônus, retroativos e outros eventos de forma estruturada e segura, evitando falhas manuais e garantindo rastreabilidade no processo.
Este artigo mostra como calcular o percentual de aumento com precisão técnica e coerência interna. Mais que isso, traz orientações práticas para manter a equidade salarial no time e aplicar reajustes com o suporte de processos confiáveis e bem organizados.
O cálculo do percentual de aumento segue uma fórmula simples, mas que exige atenção aos detalhes. Para um reajuste ser aplicado corretamente, é fundamental partir do valor atual do salário e aplicar o percentual definido com base em critérios como mérito, dissídio ou política interna da empresa.
A fórmula padrão é:
Valor do aumento = (Salário atual × Percentual de aumento) ÷ 100
Novo salário = Salário atual + Valor do aumento
Veja um caso de aumento de 10% sobre um salário de R$ 2.500:
Salário atual: R$ 2.500
Considere, agora, um aumento de 6,5% sobre um salário de R$ 3.800.
Esses exemplos funcionam tanto para reajustes por mérito quanto para reajustes coletivos, desde que aplicados ao salário base.
Em casos de aumento retroativo (por exemplo, definido em março e aplicado a partir de janeiro), é necessário calcular os valores devidos mês a mês e lançar corretamente na folha, respeitando encargos e descontos proporcionais.
Também vale lembrar que o percentual de aumento deve ser registrado e comunicado formalmente, preferencialmente com suporte de um sistema que registre esse evento na folha. Isso evita divergências com a equipe e garante consistência nas obrigações legais.
Escolher entre um aumento percentual ou um valor fixo pode parecer apenas uma questão técnica, mas na prática essa decisão afeta diretamente a equidade interna, a motivação no trabalho e a estrutura de cargos e salários da empresa.
Aplicar um percentual sobre o salário atual é a forma mais comum de reajuste, principalmente quando se trata de:
Esse modelo preserva a proporcionalidade entre os salários. Quem ganha mais, recebe um valor de aumento maior. Ele também é mais previsível e simples de justificar, principalmente em empresas com estruturas salariais bem definidas.
Vantagens:
Ponto de atenção:
O aumento fixo aplica uma quantia igual para todos os colaboradores de uma determinada faixa, área ou nível. É comum em estratégias de correção salarial, retenção pontual ou alinhamento interno, quando o objetivo é nivelar distorções entre profissionais com cargos semelhantes.
Vantagens:
Ponto de atenção:
O ideal é que o RH avalie o contexto do aumento:
Independentemente da escolha, o mais importante é garantir transparência, consistência e rastreabilidade — e isso começa com um bom controle de registros e critérios bem definidos.
Aumentar salários é importante. Mas manter a equidade salarial após os reajustes é o que realmente sustenta a confiança da equipe e a coerência da estrutura organizacional. Quando os aumentos são aplicados sem critérios claros ou sem uma visão global da folha, a empresa corre o risco de criar distorções difíceis de justificar, e ainda mais difíceis de corrigir.
Antes de aplicar qualquer reajuste, o RH precisa ter clareza sobre:
Essa visão evita situações como profissionais no mesmo cargo com diferenças salariais injustificadas, ou líderes ganhando menos do que subordinados.
Aumentos por mérito, tempo de casa, promoções ou correções precisam seguir regras transparentes. Isso não significa rigidez absoluta, mas sim coerência nas decisões. Se dois profissionais têm desempenho semelhante, em cargos semelhantes, o reajuste não pode ser radicalmente diferente, a não ser que haja justificativas sólidas e registradas.
Critérios bem definidos também ajudam a blindar o RH contra pressões informais e decisões subjetivas que podem gerar sensação de injustiça no time.
Um reajuste bem aplicado pode perder impacto se for mal comunicado. O colaborador precisa entender o que motivou o aumento, qual critério foi usado e como isso se conecta à política da empresa. Isso vale tanto para quem recebe o aumento quanto para quem não recebe, afinal, a percepção de justiça é coletiva.
Após os ajustes, o RH deve acompanhar indicadores como:
Esse monitoramento permite ajustes finos e evita que pequenas distorções se tornem crises internas.
Garantir equidade salarial não é apenas uma questão financeira. É uma decisão estratégica que protege o clima da equipe, fortalece a cultura organizacional e valoriza a área de RH como guardiã da coerência interna.
Na prática, aplicar um reajuste salarial não termina com o cálculo. O desafio real está em registrar a alteração corretamente, garantir que ela reflita na folha do mês seguinte, e manter um histórico claro para auditoria, controle e transparência com o time. É exatamente aí que entra o papel de um software de RH, a exemplo do Sesame.
Com uma plataforma especializada, é possível automatizar todo o processo de reajuste, desde a decisão até o lançamento na folha. Isso evita falhas humanas, elimina retrabalho e protege a área contra inconsistências nos registros. Veja o que uma boa plataforma especializada pode oferecer:
Esse tipo de controle não apenas reduz riscos operacionais, como também fortalece a imagem do RH como área estratégica, que opera com processos bem definidos, confiáveis e rastreáveis.
Mais do que automatizar reajustes, o software tudo-em-um da Sesame oferece ainda:
A boa notícia é que é possível realizar um teste com a versão gratuita da plataforma por alguns dias. É uma excelente oportunidade para ver de perto todas estas funcionalidades. Aproveite!
Sou um profissional de Recursos Humanos que se destaca em administração de folha de pagamento, gerenciamento de relações trabalhistas e consultoria trabalhista. Minha formação acadêmica em direito trabalhista e recursos humanos me permitiu desenvolver uma compreensão completa da dinâmica trabalhista e da gestão de pessoal.