Tendências de RH
Ariella Barros: evolução do RH tem bem-estar e protagonismo no centro da transformação
Ariella Barros analisa a evolução do RH e mostra como bem-estar, protagonismo e propósito serão diferenciais até 2026.
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Ariella Barros analisa a evolução do RH e mostra como bem-estar, protagonismo e propósito serão diferenciais até 2026.
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Lukas Letieres
HR Consultant
24 de outubro, 2025
Enquanto o mercado fala em inteligência artificial, produtividade e novos modelos de trabalho, Ariella Barros, mentora de carreira e LinkedIn Top Voice, lembra que nenhuma transformação será sustentável sem cuidar daquilo que realmente move as empresas: as pessoas.
Com mais de 17 anos de experiência apoiando líderes e profissionais em transição, Ariella se tornou referência na defesa de ambientes de trabalho mais saudáveis, pautados por protagonismo e propósito. Sua visão conecta bem-estar, empregabilidade e aprendizado contínuo como chaves para que o RH lidere a próxima década.
Nesta entrevista exclusiva para a série especial da Sesame HR , ela compartilha como enxerga o futuro da liderança, a evolução do RH em tempos de ansiedade crescente e os diferenciais que vão garantir relevância até 2026. Siga com a leitura!
Na visão de Ariella Barros, os líderes de RH que realmente vão prosperar em 2026 são aqueles que deixam de enxergar pessoas apenas como “recursos” e passam a tratá-las como protagonistas da estratégia. Para ela, esses profissionais atuam como tradutores de futuro, equilibrando tecnologia e humanidade em um momento de transformação acelerada.
“Os líderes que se destacarão são os que têm coragem de redesenhar modelos de trabalho que já não cabem mais. Não é quem adota todas as modas que terá destaque, principalmente diante da avalanche de opções de inteligência artificial, mas quem consegue conectar bem-estar, performance e propósito em resultados consistentes”, afirma.
Em um mercado cada vez mais seduzido por ferramentas, Ariella reforça que a verdadeira marca de liderança estará na capacidade de filtrar o que realmente faz sentido para a organização, colocando as pessoas no centro da mudança.
Ariella Barros é categórica: não dá mais para confundir bem-estar com benefícios superficiais. Para ela, yoga no escritório ou aplicativos de meditação não resolvem o problema se a cultura, a liderança e a forma como o trabalho é estruturado permanecerem tóxicas.
“Bem-estar não é oferecer yoga na empresa ou um app de meditação. É repensar cultura, liderança e a forma como o trabalho é estruturado”, reforça.
Nesse sentido, o papel do RH é muito mais estratégico: criar ambientes psicologicamente seguros, onde as pessoas tenham liberdade para errar, testar e aprender sem medo. É nesse espaço que a ansiedade diminui e a inovação floresce, gerando confiança e saúde real para equipes e negócios.
Caminhos práticos defendidos por Ariella incluem:
No olhar da especialista, o futuro não premiará quem domina todas as ferramentas tecnológicas, mas sim quem sabe interpretar, se relacionar e liderar em meio à incerteza.
“O grande diferencial será a soma de análise crítica e inteligência emocional. Informação e ferramentas estarão acessíveis a todos, mas a forma como interpretamos dados e nos relacionamos vai separar quem apenas executa de quem realmente influencia”, aponta.
Ela acrescenta que construir uma marca pessoal autêntica e cultivar adaptabilidade constante serão condições indispensáveis para permanecer relevante. Em um mercado saturado de vozes e opções, será lembrado quem conseguir unir profundidade analítica, habilidade relacional e consistência de entrega.
Na era da evolução do RH, Ariella comenta sobre o fim das carreiras lineares. De acordo com a especialista, isso não representa uma ameaça, mas sim uma chance de reinvenção coletiva:
“As trajetórias menos engessadas enriquecem a capacidade de inovação e trazem olhares plurais. Para as empresas, isso significa acessar talentos multidisciplinares e mais criativos”, explica.
Essa flexibilidade, porém, só gera frutos em ambientes que legitimam a experimentação. “É fundamental que o RH crie espaços seguros, onde errar não seja punição, mas parte do aprendizado. Só assim as organizações conseguirão colher o potencial inovador dessa nova lógica de carreira”, completa.
A chegada da inteligência artificial ao mundo do trabalho promete eficiência, automação e novos patamares de produtividade. Mas, para a profissional, há um risco evidente quando o entusiasmo tecnológico supera a sensibilidade humana.
Se o RH cair na armadilha de colocar sistemas no centro da estratégia, corre o perigo de esquecer justamente aquilo que mantém as empresas vivas: as pessoas.
“O papel do RH não será competir com a IA, mas resgatar o que é insubstituível e exclusivamente humano”, defende ela.
Para ela, a verdadeira revolução não está em adotar todas as ferramentas disponíveis, mas em usá-las de forma crítica e consciente. As automações devem servir como alívio para o operacional, liberando tempo e energia para o que nenhuma máquina pode entregar: criar pertencimento, cuidar das pessoas, mediar conflitos e desenvolver líderes.
“O segredo não está em usar todas as ferramentas, mas em entender o que realmente funciona para cada empresa e aproveitar esse ganho para investir no lado humano”, resume.
Ao olhar para frente, Ariella é incisiva: a evolução do RH não será medida pela quantidade de sistemas implementados, mas pelo impacto real nas pessoas e nos negócios.
“O mundo inteiro não anda bem. Precisamos dar mais atenção ao bem-estar, à saúde e à segurança psicológica. Porque, no fim, é isso que sustenta qualquer transformação”, afirma.
Sua visão reforça o fio condutor desta série: em 2026, o RH que vai liderar será aquele que conseguir unir inovação tecnológica e sensibilidade humana, colocando propósito, bem-estar e protagonismo na mesma equação.
👉 Esse artigo faz parte da série especial da Sesame HR, reunindo os principais especialistas e influenciadores que marcaram presença no CONARH 2025.
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