Recrutamento e seleção

Teste QUATI: ferramenta psicológica para seleção, autoconhecimento e liderança

Entenda como o teste QUATI ajuda o RH a mapear perfis com profundidade e apoiar decisões mais humanas e estratégicas.

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Lukas Letieres

HR Consultant

teste quati

16 de junho, 2025


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O teste QUATI tem ganhado protagonismo nos bastidores das decisões mais estratégicas de RH. Enquanto outras ferramentas se concentram apenas em perfis comportamentais visíveis, o QUATI mergulha em camadas mais profundas da personalidade, ajudando a revelar traços inconscientes, padrões de motivação e estilo de relacionamento com o trabalho.

É uma ferramenta projetada para quem busca mais do que uma fotografia do presente: ela aponta caminhos de desenvolvimento, riscos latentes e possibilidades de liderança que ainda não se manifestaram.

Para que esse tipo de instrumento seja realmente útil ao processo de seleção ou gestão de pessoas, é fundamental que esteja integrado a um sistema mais amplo de análise e acompanhamento. Um software de avaliação de desempenho permite ao RH combinar os resultados do teste QUATI com ciclos de feedback, indicadores de performance e trilhas de desenvolvimento.

Assim, a leitura não se limita ao laudo: ela se transforma em ações, decisões e estratégias sustentáveis de gestão de talentos.

O que é o teste QUATI e por que ele vai além do perfil comportamental

O teste QUATI (Questionário de Avaliação Tipológica) é uma ferramenta psicológica projetada para identificar o tipo psicológico predominante de uma pessoa, com base na teoria de Carl Jung e nos estudos da psicologia analítica. Cristina Martín, diretora de RH da Sesame, explica que ao ser aplicado por psicólogos credenciados, esta avaliação não mede habilidades técnicas ou conhecimentos práticos, mas sim dimensões profundas da personalidade, como o modo de pensar, sentir, agir e se relacionar com o mundo.

“O diferencial do teste QUATI é que ele não apenas descreve o profissional, mas sugere caminhos de desenvolvimento com base em sua estrutura emocional e cognitiva. Ele serve tanto para entender o presente quanto para projetar o futuro de um talento.”


Enquanto testes como DISC ou MBTI apresentam padrões de comportamento, o QUATI busca compreender a origem desses comportamentos, os conflitos internos que influenciam as decisões e os aspectos que podem travar ou acelerar a evolução profissional. Essa profundidade o torna valioso em processos seletivos de alta complexidade, mapeamentos de liderança e programas de coaching executivo.

Para que serve o teste QUATI na prática do RH

Embora sua base seja teórica, o teste QUATI tem aplicações muito práticas e estratégicas no dia a dia do RH, especialmente quando é necessário compreender mais do que o currículo ou o comportamento visível. Observe as principais aplicações no contexto corporativo:

  • Recrutamento e seleção de cargos de liderança ou alta responsabilidade;
  • Diagnóstico de perfil psicológico para programas de desenvolvimento;
  • Suporte em processos de coaching, mentoria ou orientação de carreira;
  • Mapeamento de talentos com foco em sucessão ou plano de carreira;
  • Compreensão de incompatibilidades entre perfis e cultura organizacional.

Quando usado de forma ética, com o consentimento do avaliado e a devida devolutiva, o teste não apenas enriquece a tomada de decisão, ele fortalece a relação entre empresa e colaborador.

Como é estruturado o teste QUATI e o que ele avalia

O QUATI é composto por uma série de questões projetadas para identificar o tipo psicológico dominante do indivíduo, de acordo com oito perfis baseados na tipologia junguiana. O resultado aponta o tipo predominante, o secundário e possíveis tensões internas entre os dois.

Entre os principais aspectos avaliados estão:

  • Predominância das funções cognitivas: pensamento, sentimento, sensação e intuição;
  • Polaridade entre atitudes: introversão e extroversão;
  • Nível de equilíbrio emocional e resistência a frustrações;
  • Estilo de tomada de decisão e enfrentamento de desafios;
  • Potencial de liderança com base no autoconceito e na regulação emocional.

Os resultados são interpretados por psicólogos e apresentados em forma de laudo técnico, com linguagem acessível ao RH e sugestões de aplicação prática.

Veja os principais cuidados ao aplicar o teste QUATI no contexto empresarial

Apesar de seu valor, o uso do teste QUATI exige responsabilidade técnica e sensibilidade ética. Por ser um instrumento psicológico profundo, ele não deve ser tratado como um questionário de múltipla escolha, muito menos usado isoladamente.

Falta de profissional habilitado

O QUATI só pode ser aplicado e interpretado por um psicólogo com CRP ativo. Ignorar essa exigência invalida o resultado e pode configurar infração ética. Por isso, é imprenscindível:

  • Ter um psicólogo interno na equipe de RH ou contratar apoio externo qualificado;
  • Garantir que a aplicação siga o protocolo validado pelo Conselho Federal de Psicologia;
  • Registrar o uso do teste como parte de um processo estruturado, e não como etapa única.

Uso do resultado como critério absoluto de seleção

O QUATI é uma ferramenta de apoio, não de eliminação. Seu valor está em complementar outras análises, não em rotular candidatos. Para isso, o ideal é:

  • Combinar o teste com entrevistas comportamentais, análise de competências e referências;
  • Usar os dados para construir perguntas mais profundas na etapa seguinte do processo;
  • Compartilhar a devolutiva com o candidato, valorizando o caráter construtivo da avaliação.

Falta de integração com o processo de desenvolvimento

Muitas empresas aplicam o teste, geram um laudo, e não fazem nada com ele. Isso frustra o profissional e esvazia o valor do instrumento. O melhor é:

  • Utilizar os resultados para desenhar planos de desenvolvimento personalizados;
  • Reaplicar o teste após ciclos de evolução ou mudanças de função;
  • Armazenar os dados em um sistema que permita comparação longitudinal.

Como responder ao teste QUATI e o que o RH deve comunicar ao avaliado

Por se tratar de um teste projetivo com base em autorrelato, a sinceridade nas respostas é fundamental. O RH tem um papel ativo em preparar o avaliado e reduzir distorções de resposta.

Tendo isso em mente, oriente o colaborador com clareza sobre:

  • A natureza não eliminatória do teste;
  • A confidencialidade dos dados e do laudo;
  • A importância de responder de forma espontânea, sem buscar o “perfil ideal”;
  • O uso do resultado como parte de um processo construtivo de autoconhecimento.

Cristina Martín reforça que “o valor do teste QUATI não está em encaixar o profissional em uma caixa, mas em ajudá-lo a enxergar sua forma de funcionar no mundo, e como ele pode crescer a partir disso.”

Como a tecnologia potencializa o teste QUATI

Integrar testes psicológicos profundos como o QUATI a uma estratégia de gestão contínua de pessoas exige organização, padronização e rastreabilidade. É aqui que o uso de plataformas especializadas se torna indispensável.

O software de RH da Sesame, por exemplo, permite ao time de gestão integrar os resultados do teste QUATI aos dados de desempenho, ciclos de avaliação de desempenho e planos de desenvolvimento individuais. Com ele, é possível:

  • Registrar o histórico de avaliações e laudos com segurança;
  • Associar os perfis psicológicos a indicadores de performance;
  • Criar planos de ação personalizados com base no perfil emocional e cognitivo;
  • Obter relatórios gerenciais de RH integrados que conectam personalidade, desempenho e evolução;
  • Acompanhar o impacto de cada ação de desenvolvimento no longo prazo.

Além disso, o sistema permite a criação de trilhas de evolução alinhadas ao tipo psicológico do colaborador, tornando o uso do QUATI ainda mais estratégico.

A boa notícia é que a Sesame oferece uma versão gratuita da plataforma para teste. É a oportunidade ideal para integrar dados psicológicos ao desempenho real da equipe, com inteligência, precisão e foco em decisões mais humanas e estratégicas.

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HR Specialist at Sesame RH | + posts

Como especialista em RH, tenho mais de 10 anos de experiência na gestão de relações trabalhistas, como a coordenação de benefícios e programas de desenvolvimento de carreira, ajudando a fortalecer a gestão de pessoas.


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