Gestão de turnos
O que considerar antes de implementar turnos de trabalho na empresa
Entenda o que são turnos de trabalho, quais são os modelos e o que o RH precisa considerar antes de aplicar escalas na operação.
Gestão de turnos
Entenda o que são turnos de trabalho, quais são os modelos e o que o RH precisa considerar antes de aplicar escalas na operação.
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Lukas Letieres
HR Consultant
30 de maio, 2025
Implantar turnos de trabalho pode ser uma solução poderosa para ampliar a cobertura operacional, reduzir horas extras e distribuir melhor o esforço das equipes. Mas, para o RH, esse modelo também traz desafios que exigem planejamento cuidadoso: equilíbrio entre jornadas, cumprimento da legislação, engajamento do time e impacto direto na folha de pagamento.
Para lidar com essa complexidade, muitas empresas têm adotado um software de escalas de trabalho, ferramenta que ajuda o RH a organizar turnos com precisão, evitar conflitos de horário, automatizar rodízios e manter o controle de jornadas sempre em conformidade com a CLT.
Mais do que facilitar a rotina, esse tipo de sistema é essencial para garantir que a transição para turnos seja segura, previsível e sustentável.
Neste artigo, você vai entender o que considerar antes de implementar turnos de trabalho, quais erros evitar e como estruturar um modelo eficiente para a sua operação.
Turnos de trabalho são formas de organizar os horários em que diferentes grupos de colaboradores atuam dentro de uma mesma operação. Eles permitem que a empresa funcione além do horário comercial tradicional, cobrindo manhã, tarde, noite ou até 24 horas por dia.
São muito usados em setores como indústria, logística, saúde, atendimento e segurança, onde a continuidade operacional é essencial.
Mas, para o RH, implantar turnos de trabalho não é só uma questão de escala: é uma decisão estratégica com reflexos diretos na jornada de trabalho, cálculo da folha, pagamento de adicionais legais e gestão do clima organizacional.
Entender essas diferenças é fundamental para planejar turnos de forma legal, eficiente e compatível com as necessidades da operação. Observe:
Escolher essa modalidade requer uma pré-avaliação das necessidades reais da empresa. Por isso, leve em consideração:
Sem estrutura, os turnos podem gerar sobreposição de jornadas, conflitos de horário, pagamento indevido de horas extras ou descumprimento da CLT, especialmente no que diz respeito ao intervalo entre jornadas, adicional noturno e limite de horas semanais.
É por isso que a organização dos turnos deve ser pensada junto com o jurídico, financeiro e operacional, com o apoio de ferramentas que ajudem o RH a estruturar tudo com clareza.
Os turnos de trabalho são geralmente divididos em três períodos principais ao longo do dia. Cada um deles atende a uma faixa de horário específica e tem características próprias que afetam a jornada, o adicional noturno e o planejamento da escala.
Esses turnos podem ser aplicados em regime fixo (o colaborador sempre trabalha no mesmo horário) ou em revezamento, o que exige ainda mais organização do RH para garantir o respeito às pausas, à jornada legal e à estabilidade da equipe.
Além dos períodos tradicionais (manhã, tarde e noite), as empresas precisam definir como organizar os colaboradores ao longo desses horários. Para isso, utilizam diferentes modelos de turnos de trabalho, que variam conforme o tipo de operação, a carga horária e o nível de flexibilidade exigido. Veja, abaixo, os 4 tipos mais comuns:
No turno fixo, o colaborador sempre trabalha no mesmo horário, seja manhã, tarde ou noite. Esse modelo traz previsibilidade para o profissional e facilita o planejamento pessoal, mas pode exigir reforço em coberturas de faltas e revezamentos manuais. É muito usado em setores administrativos ou em funções que não exigem rotação constante.
No turno rotativo, os colaboradores alternam entre diferentes horários ao longo da semana ou do mês. É ideal para empresas que funcionam 24 horas por dia ou que enfrentam variações de demanda.
Embora ofereça mais flexibilidade para a operação, exige controle rigoroso por parte do RH para garantir respeito aos intervalos entre jornadas e evitar sobrecarga.
Semelhante ao rotativo, o revezamento envolve equipes que se alternam ciclicamente para cobrir diferentes horários de forma contínua, muitas vezes incluindo finais de semana e feriados.
Esse modelo é comum em indústrias, hospitais, logística e segurança, e requer atenção especial à legislação — principalmente se envolver jornada 6×1, escala 12×36 ou pagamento de adicional noturno.
Empresas que operam exclusivamente à noite ou em regime contínuo adotam esse modelo, com equipes fixas no 3º turno (22h às 6h). A gestão desse tipo de turno exige:
Esse modelo, quando bem estruturado, permite alto desempenho e cobertura integral da operação, mas precisa ser muito bem planejado para evitar passivos e desmotivação.
Organizar turnos de trabalho pode parecer uma solução simples para ampliar a cobertura da operação, mas sem planejamento, o que parece eficiência pode rapidamente se tornar um problema trabalhista ou de clima interno. Antes de definir escalas e alocar equipes em diferentes horários, o RH precisa avaliar uma série de fatores que vão além da jornada.
Alguns pontos críticos incluem:
Para lidar com todos esses fatores com segurança, o ideal é contar com um software de RH que contenha a funcionalidade de gestão de escalas de trabalho. Ele permite que o RH planeje turnos de forma visual e organizada, evite sobreposições, acompanhe jornadas em tempo real e gere relatórios confiáveis para auditoria e fechamento da folha.
Além disso, um bom sistema ajuda a antecipar riscos legais, automatizar alertas de sobrejornada e manter o histórico de cada escala acessível e rastreável. Isso reduz o retrabalho, melhora a comunicação interna e dá mais segurança ao RH no controle de turnos complexos ou rotativos.
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Sou uma profissional com mais de 20 anos de experiência em diferentes áreas de Recursos Humanos, como recrutamento, treinamento, prevenção de riscos ocupacionais e gerenciamento de pessoal.