Gestão

Organograma circular: o que é e como fazer?

Aprenda o que é um organograma circular, como aplicá-lo na sua empresa e quais as vantagens do modelo para a gestão de equipes.

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Lukas Letieres

HR Consultant

organograma circular

23 de junho, 2025


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O organograma circular vem ganhando espaço entre empresas que buscam uma gestão mais colaborativa, menos hierárquica e orientada por fluxos de valor. Ao contrário dos modelos tradicionais, ele não parte de uma estrutura de cima para baixo, mas sim de dentro para fora, estimulando protagonismo, visão sistêmica e interdependência entre áreas.

Mais do que um layout diferente, esse formato exige um novo olhar para a documentação organizacional e a clareza de papéis. Nesse cenário, contar com um software de organograma se torna essencial para garantir que responsabilidades, fluxos de comunicação e decisões estratégicas estejam bem registradas, acessíveis e alinhadas a essa nova lógica de gestão.

O que é o organograma circular e por que ele transforma a estrutura das empresas

O organograma circular é uma representação visual que posiciona o núcleo estratégico no centro e os demais setores em círculos concêntricos, evidenciando colaboração em vez de comando vertical. Ele é ideal para empresas que buscam mais agilidade, inovação e integração entre times.

Nesse modelo, as equipes deixam de ser “caixinhas isoladas” e passam a atuar como células interconectadas. A autoridade é descentralizada, o que demanda maturidade, clareza de processos e, acima de tudo, confiança nos times, como explica Cristina Martín, Diretora de RH da Sesame:

“As empresas que adotam estruturas circulares precisam investir fortemente na definição de papéis, fluxos e canais de decisão. Sem isso, o modelo vira caos, e não colaboração”.

Diferença entre organograma circular, estrutura circular e organização circular

Embora os termos pareçam semelhantes, cada um deles tem nuances importantes. Entender essa diferença ajuda o RH a desenhar estratégias coerentes com a cultura da empresa.

Organograma circular

Organograma circular é o modelo gráfico que representa a organização de forma concêntrica, com as áreas posicionadas em relação ao núcleo decisório.

Estrutura circular

A estrutura circular diz respeito à forma como o poder e as decisões são distribuídos. Em vez de pirâmides hierárquicas, a estrutura circular aposta em centros de competência e redes de liderança.

Organização circular

É o estágio mais avançado: não se trata apenas do desenho ou da estrutura, mas da cultura como um todo. Nela, a lógica circular influencia rituais, reuniões, governança e formas de inovar. É o que ressalta Cristina Martín:

“Poucas empresas estão realmente prontas para operar como organizações circulares. Muitas começam pelo organograma, mas esquecem que isso exige um salto cultural e muita clareza documental para dar certo.”

Quando usar o organograma circular na prática

Esse tipo de organograma é indicado especialmente para:

  • Empresas com modelo de gestão horizontal ou squads interdisciplinares.
  • Startups e scale-ups que querem evitar a burocratização precoce.
  • Negócios com alta demanda de inovação e agilidade nas decisões.
  • Estruturas que operam com hubs, núcleos ou comitês autônomos.

No entanto, é preciso avaliar o nível de maturidade dos gestores e o grau de autonomia possível em cada time. Sem isso, o formato pode gerar mais dúvidas do que ganhos.

Veja os principais pontos a considerar antes de adotar o modelo circular

Antes de implementar, o RH deve avaliar questões estratégicas que influenciam diretamente o sucesso do modelo circular. Abaixo, listamos os pontos essenciais:

A empresa já opera com algum nível de autonomia entre times?

Estruturas tradicionais tendem a concentrar decisões na alta liderança. Se esse ainda for o caso, talvez seja necessário passar por uma transição gradual.

Os papéis e fluxos estão bem definidos e documentados?

Sem clareza de funções, o modelo circular pode gerar zonas cinzentas e conflitos silenciosos entre equipes.

Existe uma cultura de colaboração e confiança entre áreas?

O organograma circular exige que times compartilhem responsabilidades. Se houver silos, é preciso quebrá-los antes.

O RH possui ferramentas para manter tudo registrado, rastreável e acessível?

Esse modelo não funciona com controles manuais ou planilhas. É fundamental ter soluções tecnológicas que assegurem integridade da informação.

Quais são os tipos de organograma e por que o circular se destaca

No Brasil, os três modelos mais utilizados são:

Organograma vertical

O organograma vertical é o mais tradicional, com cargos dispostos de cima para baixo. Deixa clara a hierarquia, mas pouco promove a integração.

Organograma matricial

O organograma matricial combina áreas funcionais e projetos. É útil para organizações complexas, mas exige alto nível de coordenação.

Organograma circular

O organograma circular foca na colaboração e descentralização. Destaca fluxos de valor, interdependência e integração entre áreas. Cristina Martín observa:

“O organograma circular não serve para todas as empresas, mas é o que melhor expressa a cultura de autonomia e confiança, desde que acompanhado por governança bem definida e tecnologia de apoio.”

Como a tecnologia fortalece a gestão em estruturas circulares

Em um modelo circular, a documentação de processos, funções e decisões precisa ser ainda mais clara. Afinal, quando não há “chefes visíveis”, a responsabilidade precisa estar registrada, e acessível a todos. É aí que a tecnologia se torna aliada essencial.

Plataformas especializadas garantem rastreabilidade, padronização e acesso seguro às informações estratégicas. O software de RH da Sesame, por exemplo, oferece recursos robustos para empresas que adotam estruturas menos hierárquicas. Com ele, o gestor pode:

  • Criar fluxos de aprovação e registro de decisões.
  • Organizar documentos por células ou squads.
  • Mapear responsabilidades com clareza e segurança.
  • Controlar acessos por perfil e registrar históricos de mudanças.

Além disso, a ferramenta conta com um módulo completo de software de organograma, que evita retrabalhos, facilita a visualização das estruturas e dá visibilidade total sobre quem faz o quê.

E o melhor: é possível testar tudo gratuitamente antes de contratar. Uma forma segura de iniciar a transição para um modelo mais moderno, sem abrir mão da governança e da conformidade.

Tiago Santos

VP of Community and Growth | LinkedIn | | Web | +post

Profissional experiente de RH dedicado a promover comunidades colaborativas fortes de líderes de RH. Como fundador do RH Club e da HR Community, uso meus mais de 15 anos de experiência para melhorar as perspectivas de carreira dos líderes de RH.

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