Gestão
Descubra a taxa de turnover ideal para sua empresa e como alcançá-la
Descubra como identificar e alcançar a taxa de turnover ideal para sua empresa com estratégias inteligentes e dados aplicáveis.
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Descubra como identificar e alcançar a taxa de turnover ideal para sua empresa com estratégias inteligentes e dados aplicáveis.
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Lukas Letieres
HR Consultant
8 de junho, 2025
A busca pela taxa de turnover ideal raramente parte de uma planilha. Quase sempre, nasce de um incômodo mais profundo: a sensação de que você está contratando com esforço e perdendo talentos com facilidade.
Quando isso se repete mês após mês, o questionamento inevitável aparece, sobre qual seria a rotatividade aceitável para a empresa ou, ainda, como alcançá-la sem comprometer o crescimento, o clima e a cultura. A taxa de turnover ideal não é um número padronizado, muito menos uma métrica estática.
É um ponto de equilíbrio que muda conforme o porte, o setor, o ritmo de contratação e a maturidade da liderança. Descobrir isso exige uma leitura sofisticada dos dados e um olhar sincero para a forma como sua empresa atrai, integra e desenvolve pessoas.
Com o apoio do People Analytics, o RH consegue interpretar esse cenário com profundidade, conectando indicadores de rotatividade a variáveis comportamentais e organizacionais que escapam das análises tradicionais.
Neste artigo, você vai entender por que buscar esse referencial é essencial para a sustentabilidade da sua gestão de pessoas. Mais do que benchmarks genéricos, vamos explorar os sinais que indicam se você está acima, abaixo ou exatamente no ponto certo para o seu contexto.
Antes de pensar na taxa de turnover ideal, é preciso desconstruir a ideia de que todo turnover é negativo. Em alguns casos, ele é sinal de movimento positivo: uma renovação em perfis, competências ou cultura. Equipes em transformação, fusões e expansões naturais costumam apresentar rotatividade mais alta nos primeiros ciclos.
O problema é quando essa rotatividade vira um padrão crônico, sem que se compreenda a raiz. Segundo levantamento da PwC, altos índices de turnover estão entre os três fatores mais diretamente ligados à queda de produtividade e aumento de custos de contratação.
É preciso refletir se você está selecionando talentos com um propósito claro ou apenas reagindo a sintomas. Cristina Martín, Diretora de RH da Sesame, destaca:
“Nem toda rotatividade é prejudicial. Mas quando o turnover se torna recorrente, ele não é mais um sintoma: é um processo de desgaste que precisa ser interrompido.”
Não existe um único número mágico que sirva para todas as empresas. O que se considera uma taxa de turnover saudável é, na verdade, uma faixa de tolerância definida a partir da estratégia e da estrutura do seu negócio.
Segundo a SHRM (Society for Human Resource Management), a taxa média de rotatividade voluntária gira entre 12% e 20% ao ano. No Brasil, esse número pode ser maior em setores como varejo e contact centers, ultrapassando os 30% segundo dados da Robert Half. Mas seguir esses benchmarks de forma cega pode levar a interpretações equivocadas. Cristina Martín, Diretora de RH da Sesame, aponta:
“É comum vermos empresas tentando se alinhar a uma média de mercado sem olhar para suas especificidades. O ideal não está no dado isolado, mas no impacto que essa rotatividade tem na operação, no clima e na reputação da marca empregadora.”
Há sinais claros de que a taxa de turnover ideal passou do ponto. Um deles é a instabilidade crônica: times constantemente desfalcados, queda de produtividade, aumento no tempo de formação e sensação generalizada de descontinuidade.
Outro indicativo é o efeito cascata: a saída de um colaborador provoca outras, sinalizando problemas mais profundos de liderança ou cultura.
Se a rotatividade está impedindo o atingimento de metas, afetando a entrega dos projetos ou corroendo o clima da equipe, é hora de rever prioridades.
“Não se trata de perseguir estabilidade absoluta, mas de identificar quando a rotatividade virou ruído. E ruído custa caro”, reforça Cristina Martín.
Para encontrar o ponto de equilíbrio da sua empresa, é preciso cruzar três tipos de análise:
Calcule não apenas os custos diretos (rescisões, novas contratações, treinamentos), mas também os indiretos: perda de produtividade, impacto no clima organizacional, sobrecarga dos que ficam e imagem da empresa como empregadora.
Isolar dados de demissões voluntárias, involuntárias, por área e por senioridade ajuda a entender se há padrões invisíveis. Altas saídas em cargos estratégicos são mais prejudiciais do que entre temporários ou operacionais.
Alguns setores têm rotatividade alta por natureza. O desafio é saber se você está acima da média e se isso está afetando sua capacidade de executar, inovar e manter um ambiente de alta performance. Cristina Martín conclui:
“Não se trata de buscar um número perfeito, mas de compreender o ponto em que o turnover deixa de ser um ajuste natural e passa a comprometer a estratégia do negócio.”
Um software de RH como o da Sesame pode ser decisivo nessa análise. A ferramenta permite acompanhar em tempo real os índices de turnover por área, cargo, motivo de saída e tempo de permanência. Com esses dados, você consegue identificar padrões, antecipar riscos e agir com mais rapidez.
Além disso, a Sesame integra clima organizacional, avaliação de desempenho e feedbacks em um único painel de controle. Isso permite agir de forma preventiva, fortalecendo a retenção e reduzindo os custos invisíveis da rotatividade.
E o melhor: você pode testar a plataforma gratuitamente para entender na prática como a tecnologia pode ajudar a manter sua taxa de turnover no ponto ideal. Experimente a versão gratuita e veja, na prática, os efeitos positivos da tecnologia na sua gestão!
Profissional experiente de RH dedicado a promover comunidades colaborativas fortes de líderes de RH. Como fundador do RH Club e da HR Community, uso meus mais de 15 anos de experiência para melhorar as perspectivas de carreira dos líderes de RH.