Recrutamento e seleção

Como calcular o salário PJ?

Saiba como calcular o salário PJ com precisão e otimize custos para decisões mais estratégicas na sua empresa.

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Lukas Letieres

HR Consultant

como calcular salário pj

30 de setembro, 2025


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O modelo de contratação PJ deixou de ser exceção e passou a fazer parte da realidade de muitas empresas brasileiras. Para gestores de RH, que já lidam com equipes distribuídas e demandas crescentes por compliance e eficiência, o desafio vai além de negociar valores: é estruturar processos de admissão claros e seguros.

É nesse cenário que o uso de um software de recrutamento e seleção se torna essencial, pois permite padronizar etapas, reduzir riscos e dar mais transparência na comparação entre propostas CLT e PJ.

Na prática, calcular o salário PJ é fundamental para evitar distorções que possam comprometer tanto a atratividade da vaga quanto a sustentabilidade do negócio. Para o colaborador, significa compreender se a remuneração cobre todos os custos e benefícios que deixou de ter no regime CLT.

Para a empresa, representa avaliar se a proposta é justa, competitiva e em conformidade com a legislação, sem abrir margem para interpretações equivocadas ou passivos trabalhistas.

O que é salário PJ e por que gestores e profissionais precisam entender o cálculo

O salário PJ é a remuneração recebida por profissionais que prestam serviços como pessoa jurídica, emitindo nota fiscal. Diferente do regime CLT, em que a folha de pagamento já traz descontos e benefícios embutidos, no PJ cabe ao próprio trabalhador calcular impostos, reservar valores para férias, 13º e FGTS, além de cobrir custos como plano de saúde ou transporte.

Tiago Santos, vice-presidente de Comunidade e Crescimento da Sesame HR, explica que para o RH, compreender essa dinâmica é fundamental. Afinal, a escolha entre contratar CLT ou PJ impacta diretamente a folha, o compliance e até a atratividade da empresa no mercado de talentos.

“Um RH estratégico não olha apenas para a remuneração bruta, mas para o custo total da contratação. Esse cálculo deve considerar impostos, benefícios e até os riscos de passivos trabalhistas que podem surgir”.

Quais são os tipos de CNPJ e como eles impactam contratações

No Brasil, existem diferentes formatos de pessoa jurídica, e a escolha influencia diretamente a forma de tributação e a margem de negociação.

Tipos mais comuns

  • MEI (Microempreendedor Individual): limite de faturamento reduzido, ideal para quem presta serviços de menor escala.
  • Empresário Individual: permite maior faturamento, mas não separa patrimônio pessoal do empresarial.
  • Sociedade Limitada (Ltda.): modelo mais flexível e seguro, comum em empresas de serviços.
  • EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): protege o patrimônio pessoal, mas exige capital social mínimo.
  • Sociedades Anônimas (SA): voltadas a grandes empresas, menos comuns para contratos de prestação individual.

Para profissionais: é essencial escolher o formato mais adequado à sua realidade e receita esperada.
Para gestores: conhecer esses modelos ajuda a avaliar a solidez do fornecedor de serviço e a planejar custos tributários.

Como calcular o salário PJ na prática

O cálculo exige planejamento financeiro. Enquanto o CLT já recebe um holerite com todos os descontos aplicados, o PJ precisa considerar impostos, encargos e reservas mensais para manter equilíbrio. Observe a seguir:

Apuração do valor bruto

O primeiro passo para calcular corretamente o salário PJ é levantar o valor bruto da receita mensal. Isso significa somar todas as notas fiscais emitidas no período, sem considerar ainda os descontos e despesas. Esse número serve como base para todas as etapas seguintes e, quando projetado de forma estratégica, ajuda tanto o profissional quanto a empresa a compreenderem a real capacidade financeira do contrato. Uma apuração imprecisa pode distorcer comparações e gerar expectativas irreais sobre a remuneração.

Descontos obrigatórios

Em seguida, é preciso calcular os tributos e contribuições obrigatórias de acordo com o regime tributário em que o prestador está inscrito, como Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. Cada regime possui alíquotas e exigências diferentes, que impactam diretamente no valor final recebido. Ignorar esses descontos é um dos erros mais comuns nas negociações de PJ, o que pode levar a propostas aparentemente vantajosas, mas insustentáveis na prática.

Reserva de benefícios

Um ponto crucial para garantir comparações justas entre o modelo PJ e o CLT é a inclusão de benefícios que, no regime tradicional, são obrigatórios. Férias remuneradas, 13º salário, FGTS, além de benefícios adicionais como plano de saúde, devem ser projetados como reservas mensais no cálculo do PJ. Sem esse cuidado, a remuneração líquida tende a ser superestimada e o profissional corre o risco de perder estabilidade financeira ao longo do tempo.

Despesas operacionais

Outro fator frequentemente subestimado são as despesas operacionais necessárias para o trabalho no modelo PJ. Transporte, alimentação, equipamentos, softwares, internet de qualidade ou até mesmo a mensalidade de um coworking fazem parte do custo real da prestação de serviços. Empresas que avaliam propostas sem considerar esses elementos podem criar distorções significativas no valor líquido disponível ao colaborador.

Valor líquido real

Após a dedução de tributos, reservas de benefícios e despesas operacionais, chega-se ao valor líquido real. Esse é o montante efetivamente disponível para o profissional, funcionando como a remuneração “de bolso”. Para a empresa, enxergar esse número de forma transparente é determinante na hora de avaliar se a proposta PJ é competitiva em relação ao CLT e se está alinhada à estratégia de atração e retenção de talentos.

Segundo Tiago Santos, “uma boa prática é usar o salário CLT como referência e projetar o equivalente em PJ, acrescentando de 30% a 50%. Só assim é possível garantir que a remuneração seja realmente vantajosa”.

CLT x PJ: como gestores podem avaliar custos e riscos

A decisão entre contratar via CLT ou PJ está longe de ser apenas uma equação financeira.

  • Para gestores de RH, o tema envolve estratégia organizacional, compliance, riscos trabalhistas e até mesmo a percepção de valor do colaborador em relação à empresa.
  • Cada modelo apresenta vantagens e armadilhas que precisam ser analisadas com profundidade antes da escolha.

Custos diretos

No regime CLT, a empresa assume encargos obrigatórios como INSS, FGTS, férias e 13º salário, o que eleva o custo da folha, mas garante previsibilidade e benefícios claros para o trabalhador.

  • Já no modelo PJ, esses custos são transferidos para o prestador de serviço, reduzindo o desembolso imediato da organização.
  • No entanto, o RH precisa analisar se o valor acordado na negociação realmente compensa esse diferencial e se não compromete a competitividade da proposta diante do mercado.

Riscos legais

Um dos pontos mais sensíveis está nos riscos jurídicos. Contratar PJs sem respeitar regras básicas pode ser interpretado como fraude trabalhista, gerando passivos de alto impacto financeiro.

  • Documentar corretamente o contrato, definir escopo de atividades e evitar subordinação direta ou rotina típica de CLT são medidas essenciais para mitigar riscos.
  • Quanto maior a estrutura da empresa, mais importante é investir em processos e tecnologias que garantam rastreabilidade e compliance.

Estratégia organizacional

A escolha entre CLT e PJ também reflete a estratégia de médio e longo prazo do negócio.

  • O regime CLT favorece vínculos estáveis, maior engajamento e controle direto sobre a equipe, fatores relevantes para empresas que precisam consolidar cultura e processos internos.
  • Já o modelo PJ oferece flexibilidade e agilidade na contratação, mas pode aumentar a rotatividade e dificultar a retenção de talentos estratégicos.
  • O equilíbrio está em alinhar o tipo de vínculo às metas de crescimento, sem comprometer a sustentabilidade da operação.

Boas práticas para calcular e gerenciar contratos PJ

A gestão eficiente de PJs evita surpresas financeiras e fortalece a relação com os profissionais. Confira alguns cuidados:

  • Defina o valor de serviço com clareza: alinhe expectativas desde o início, considerando experiência e média de mercado.
  • Planeje impostos e tributos: calcule ISS, INSS e enquadramento tributário correto para evitar passivos.
  • Compense benefícios perdidos: reserve valores para férias, 13º e FGTS, mesmo que não sejam pagos pela empresa.
  • Converta CLT para PJ de forma realista: a remuneração PJ deve ser, em média, 30% a 50% maior que a CLT.
  • Use tecnologia de apoio: ferramentas e softwares simplificam o cálculo e reduzem erros.

Tiago lembra que “o maior erro das empresas é tratar o PJ apenas como economia. É fundamental acompanhar custos totais, comunicar expectativas e garantir que a relação seja transparente para os dois lados”.

Como a Sesame HR ajuda empresas a organizar contratações PJ

Gerenciar contratos PJ pode se tornar complexo em empresas em crescimento. O software de RH da Sesame HR foi desenvolvido para simplificar esse processo e dar mais segurança ao gestor. Entre os diferenciais estão:

Com a Sesame HR, as empresas conseguem equilibrar custos, reduzir erros e tomar decisões baseadas em dados. Para profissionais, o sistema garante processos mais claros e feedbacks rápidos, fortalecendo a relação de confiança.

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